A onça-pintada que matou o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, teria monitorado a rotina do idoso por dias antes de atacá-lo. O
Para o sobrinho, Jorge minimizou o perigo e acabou facilitando o ataque. “Ela já monitorava ele, ela vivia rondando o pesqueiro e ele facilitava. Ele descuidou, não deu muita atenção. Achava que ela só ia andar ali à noite, na hora que ele estava dentro da casa. Ele acabou ficando tranquilo sobre isso, mas, o que acontece: ela foi esperta”, disse ao Metrópoles.
Caseiro morto por onça era ‘solitário’, ‘amigo’ e estava acostumado com animal, diz cunhado Caseiro devorado por onça no Pantanal: região não tinha registro recente de ataque, diz governo do MS Onça-pintada: saiba onde vive espécie que devorou caseiro no Mato Grosso do Sul
No fim de março,
O sobrinho revela que há outras filmagens da onça rondando o pesqueiro. Ele afirma que as imagens mostram o animal deitado, andando na beira d'água e acompanhando a rotina de Jorge.
“Ele levantava por volta das 5:30 da manhã, ia para cozinha, fazia o café dele, deixava clarear mais um pouco e lá pelas dez para as 6h ele ia até os barcos ver como estavam. Nesse dia, acabou acontecendo a fatalidade: ela ficou escondida e atacou ele”, contou.
Caseiro morre devorado por onça-pintada no Pantanal
Na manhã de terça-feira (22), policiais militares ambientais encontraram os restos mortais do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, em Aquidauana, no Pantanal sul-mato-grossense. Parte deles estavam dentro de uma toca usada pela onça, a cerca de 300 metros do rancho onde o caseiro trabalhava.
Durante o resgate do corpo do idoso, o
As investigações consideram algumas hipóteses para o ataque, uma delas é que o animal teria avançado no homem devido a falta de alimento no local, ou ao comportamento defensivo da própria espécie. Além disso, a corporação também trabalha com a ideia de que o animal poderia estar em período reprodutivo, o que deixa machos mais agressivos.
Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Mato Grosso do Sul (Semadesc), não havia registros recentes de ataque na região.
Uma equipe formada por agentes da pasta, do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio), da Polícia Militar Ambiental e pelo pesquisador da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Gediendson Ribeiro de Araújo - especialista em manejo de onças-pintadas -
O grupo pretende levar a onça-pintada ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande. “O objetivo é identificar animal, confirmar o ataque, e dar devidos encaminhamentos”, informou a pasta em nota.