O caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, que
Ao g1, o cunhado Valmir Araújo contou que mantinha uma amizade de 30 anos com o caseiro. Ele foi uma das pessoas que ajudaram a Polícia Militar Ambiental a encontrar os restos mortais de Jorginho, que estavam parte às margens do rio Miranda, e parte dentro da toca da onça.
“Meu cunhado era o amor da minha vida. Toda vez que eu viajava, parava na casa onde ele trabalhava só pra ver ele”, contou.
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Valmir também foi quem “previu” o ataque da onça ao caseiro.
O cunhado contou que conheceu Jorge quando começou a namorar com a esposa, irmã do caseiro. Valmir contou que o cunhado trabalhava há 16 anos no mesmo ranchoe já estava acostumado com a presença de onças na região.
“Ele sempre avisava que as onças estavam lá. Ele não tinha medo. O patrão dele não conseguia achar ninguém pra ficar lá. Só ele. Teve uma vez que ele saiu de lá, mas o patrão pediu pra ele voltar, porque não achava mais ninguém pra trabalhar”, disse Valmir.
De acordo com o cunhado, Jorge era uma pessoa alegre e sorridente, mas sistemático. “Eu brincava que ele era um cara chato. Morava sozinho, não gostava de ficar com ninguém. Ele era meu amigo demais, era o único cunhado que me ligava todos os dias. Era meu amigo, meu parceiro. Mas só eu podia visitar ele, porque aquele lugar era restrito dele”, relembrou.
Caseiro foi devorado por onça-pintada
Na manhã de terça-feira (22), policiais militares ambientais encontraram os restos mortais de Jorge Ávalo. Parte deles estavam dentro de uma toca usada pela onça, a cerca de 300 metros do rancho onde o caseiro trabalhava.
Durante o resgate do corpo do idoso, o
As investigações consideram algumas hipóteses para o ataque, uma delas é que o animal teria avançado no homem devido a falta de alimento no local, ou ao comportamento defensivo da própria espécie. Além disso, a corporação também trabalha com a ideia de que o animal poderia estar em período reprodutivo, o que deixa machos mais agressivos.