O Departamento Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil de São Paulo, identificou o primeiro suspeito de envolvimento na execução de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do PCC, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na região metropolitana da capital paulista, no último dia 8.
Nesta terça-feira (19), foi realizada uma operação para localizar Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, que, em episódios anteriores, afirmou ser do PCC. Ele foi identificado após análises de câmeras de segurança, principalmente as do saguão do Terminal 2 do aeroporto. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao suspeito. O mandado de prisão temporária não foi cumprido e Kauê permanece foragido.
De acordo com informações da força-tarefa, passadas durante uma coletiva de imprensa na manhã desta terça (19) na sede da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, no centro da capital paulista, o irmão de Kauê do Amaral Coelho foi convidado a prestar depoimento na delegacia. Segundo ele, o irmão já o havia avisado que isso poderia acontecer.
“A Polícia Civil cumpriu mandados de busca em endereços relacionados a ele [Kauê], ele não estava nos locais. Ele encontra-se foragido neste momento. O irmão dele informou aos policiais que o Kauê já havia ligado avisando que possivelmente as polícias iriam atrás dele”, informou o secretário de segurança pública de São Paulo, Guilherme Derrite, que assinou, nesta terça-feira (19), uma resolução em que oferece uma recompensa de R$50 mil a quem tiver informações relevantes sobre o paradeiro de Kauê.
O suspeito, que foi preso em 2022 por tráfico de drogas, ficou circulando pelo saguão do aeroporto. Assim que viu a vítima seguindo em direção ao desembarque, sinalizou aos atiradores que aguardavam na área externa em um carro.
“O Kauê aparece no interior do saguão lá do terminal, pelo sistema de monitoramento. Isso está fundamentado no pedido de prisão temporária, com outras imagens também, com vídeos, em que o Kauê aparece uma hora antes do pouso do avião do Vinícius, e no momento em que ocorrem os disparos, um pouco antes, ele aponta para o Vinícius, mostrando para os criminosos que estavam no carro e descem atirando. Então, além dele chegar antes do local e funcionar ali com uma espécie de uma informação privilegiada, para facilitar a execução, tem imagem dele apontando na direção do Vinícius, por isso que fica claro a participação dele, estratégica, inclusive,” destacou Derrite.
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Como denunciar?
Qualquer cidadão com detalhes sobre a identidade ou a localização de algum procurado, pode fazer a denúncia de forma anônima, ou seja, todo o processo garante a preservação da identidade do denunciante.
Para fazer a denúncia, são disponibilizados dois meios. O primeiro deles é por telefone, pelo número 181. O denunciante será atendido por um telefonista e poderá fornecer tudo o que sabe para que a denúncia seja registrada sem que a pessoa precise se identificar.
A outra forma é pela página do WebDenuncia. Basta entrar na página por meio do link https://www.webdenuncia.org.br/cidadao/denuncie, clicar em denunciar e seguir o passo a passo. Ao final, o denunciante recebe um número de protocolo para acompanhar o andamento da denúncia. As informações são verificadas por uma equipe e, caso seja comprovado que elas ajudaram na resolução do caso, a pessoa que forneceu é comunicada.
Para receber a recompensa, a tela do WebDenuncia mostrará um número de cartão bancário virtual, que permitirá saques do valor em qualquer caixa eletrônico do Banco do Brasil, sem que haja a necessidade de identificação. A retirada pode ser feita de uma vez ou aos poucos, como um cartão bancário comum.