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Polícia Civil de SP afasta agentes citados por delator do PCC executado em Guarulhos

A Corregedoria da instituição colocou agentes em funções administrativas até o fim das investigações; oito PMs também já foram afastados por envolvimento com a vítima

A Polícia Civil de São Paulo informou, nesta quarta-feira (13), que afastou os agentes citados no acordo de delação firmado pelo Ministério Público com Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PPC morto na sexta-feira (8), no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

A Corregedoria pediu o compartilhamento de informações, que estão sob sigilo, para que sejam utilizadas nos respectivos procedimentos administrativos disciplinares já instaurados.

De acordo com a Delegacia Geral de Polícia, que determinou a o remanejamento, os policiais citados em depoimento realizado por Gritzbach foram afastados das atividades operacionais para funções administrativas.

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Antônio Vinícius Gritzbach, investigado pelo envolvimento com o PCC, foi acusado de lavagem de dinheiro do bando e por mandar matar dois criminosos da facção. Na colaboração para atenuar a pena, ele citou agentes públicos, segundo a promotoria.

O procedimento aberto na Corregedoria da instituição em outubro, portanto, antes da morte de Gritzbach, já apurava o envolvimento dos policiais com providências administrativas preliminares para individualização da conduta de cada um.

Nesta terça-feira (12), a força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública também determinou o afastamento de oito policiais militares que são investigados pela corregedoria da PM por meio de um inquérito policial militar instaurado há mais de 1 mês. Eles atuavam na escolta de Gritzbach, atividade que fere o regulamento disciplinar da instituição.

Nesta quarta-feira (13), o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, solicitou à Polícia Civil de Alagoas que investigue os últimos passos de Antônio Vinicius Gritzbach. A solicitação foi para que a polícia alagoana refaça todo o trajeto de Gritzbach no estado, cheque os locais por onde ele passou, com quem ele se encontrou e se estava sendo monitorado.

Entenda o caso

O empresário Antônio Vinicius Gritzbach foi assassinado a tiros no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, um dos maiores do país. Criminosos encapuzados saíram de um carro preto e executaram o empresário usando fuzis. Segundo o órgão, outras testemunhas estão sendo ouvidas pela Polícia Civil. Um carro, supostamente usado pelos atiradores, foi apreendido pela Polícia Militar.

A investigação também descobriu que quatro policiais militares faziam a escolta da vítima no momento do ataque. Eles tinham sido contratados para cuidar da segurança pessoal Gritzbach, que vinha sendo ameaçado pela facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC).

Apesar de terem sido contratados para fazer a escolta de Gritzbach, os agentes não conseguiram evitar a morte do corretor de imóveis. Os quatro foram afastados da corporação e são investigados pela Corregedoria da Polícia Militar.


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Yuri Cavalieri é jornalista e tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, em São Paulo, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band. Agora é correspondente da Itatiaia em São Paulo.
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