Nathalia Urban era jornalista, brasileira e trabalhava como correspondente internacional no portal Brasil 247 e da TV 247, no Reino Unido.
Em suas redes sociais, eram quase sete mil seguidores que acompanhavam seu dia-a-dia. Nathalia nasceu em Santos, no litoral de São Paulo e ganhou repercussão por abordar temas como, capitalismo, racismo, feminismo e imperialismo.
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A família da jornalista também diz que não tinha mais detalhes sobre sua morte. Segundo eles, ela foi mantida viva por aparelhos, e que o Brasil 247, onde era correspondente, estava cuidando de todos os trâmites relacionados à situação. Em transmissões feitas nesta quarta-feira (25), o Brasil 247 confirmou a morte e mencionou que os órgãos da jornalista seriam doados.
O posicionamento do jornal Brasil 247
O veículo do qual a profissional era correspondente internacional, o Brasil 247, lamentou a morte de Nathalia e escreveu a seguinte legenda, com uma foto da mulher:
O veículo já havia pedido orações por Nathalia, que segundo o portal, sofreu um acidente em Edimburgo, na Escócia. “Boa noite! Em nome de toda a comunidade da TV 247, pedimos uma corrente de orações por nossa colega Nathalia Urban. Ela está internada, em Edimburgo, na Escócia, após sofrer um acidente ainda não esclarecido pelas autoridades locais. O consulado brasileiro em Edimburgo está atuando no caso e em contato com seus familiares. Assim que possível, traremos mais informações. Agradecemos pelas orações.”
Quem era Natalia?
Nathalia Urban tinha 36 anos e ganhou o nome devido à data de nascimento. Ela veio ao mundo em 25 de dezembro de 1987 na cidade de Santos (SP). Filha de mãe solo, aos 15 anos, se mudou para João Pessoa, na Paraíba, onde morou parte da adolescência.
A própria jornalista, que estagiou no ‘Jornal A Tribuna de Santos’, em 2013, no começo da carreira, foi quem contou sobre a trajetória ao também jornalista Leonardo Attuch, em setembro de 2021, durante uma entrevista para o quadro ‘Grandes Jornalistas’ da TV Brasil 247.
Na ocasião, Nathalia contou quem foi em João Pessoa que desenvolveu interesse por história e política, influenciada pele professor do Ensino Médio Mário Romero. Foi lá que ingressou na faculdade, quando passou em primeiro lugar no vestibular de Antropologia na Universidade Federal da Paraíba.
Com a morte da mãe, porém, e uma relação conturbada com o padrasto e a família, ela se mudou para São Paulo aos 19 anos, onde deu continuidade aos estudos, segundo o g1.
Formação
Nathalia foi aprovada na PUC São Paulo e deixou a Antropologia de lado e cursou Ciências Sociais, o que, segundo ela, permitiu que ela tivesse uma base mais forte em política, o que se alinhava melhor com os interesses e aspirações.
Pouco tempo depois, voltou à terra natal e estudou Jornalismo na Universidade Católica de Santos. Em 2013 entrou para o Grupo Tribuna, e trabalhou como estagiária no Jornal A Tribuna até a avó morrer e ela buscar um novo significado para a vida, naquele mesmo ano. Foi quando partiu com o companheiro à época para uma vida em Londres, na Inglaterra.
Insatisfeita com a vida na capital britânica, ela enfrentou desafios como imigrante e passou a se sentir o preconceito na pele, uma nova experiência para ela. A gota d'água para uma nova mudança, desta vez para a Escócia, ocorreu enquanto trabalhava em um salão de beleza.
Ela contou que era a recepcionista e um cliente fez piadas sobre o sotaque dela. A situação, porém, ganhou um toque inusitado quando outro cliente a defendeu e a inspirou sobre a Escócia, falando coisas positivas e incentivando uma mudança, que de fato aconteceu.
O que fazia no Brasil 247?
Ela trabalhava no Brasil 247, onde criou o programa Veias Abertas e foi presença constante no Bom dia 247. No portal, trouxe análises sobre questões internacionais e ancorou o programa Globalistas.
Segundo o portal, “Nathalia deixa um legado de combatividade, empatia e luta por todos os povos oprimidos do mundo”.