Sendo a primeira morte de brasileiros no Líbano que o Itamaraty tem conhecimento, desde o início do conflito,
Pai e filho foram vítimas de um bombardeio na região do Vale do Bekaa e morreram nessa segunda-feira (23). “Foi um ataque. Eles morreram trabalhando na pequena fábrica da família”, afirmou ela ao g1.
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Ainda conforme o Itamaraty, a embaixada brasileira está em contato e prestando apoio à família, que mora em Foz do Iguaçu. Conforme a família, os dois morreram feridos por um foguete que atingiu a cidade de Kelya, no Vale do Bekaa.
Bombardeios israelenses no Líbano se intensificaram nos últimos dias. Também na segunda-feira (23), mais de 560 morreram e mais de 1,8 mil ficaram feridas nos ataques direcionados ao grupo extremista libanês Hezbollah, no dia mais sangrento desde a guerra do Líbano, em 2006.
Segundo Hanan Abdallah, a família morou por mais de dez anos em Foz do Iguaçu e voltou para o Líbano há cerca de quatro anos, onde tinham uma empresa em Sohmor, cidade vizinha a do bombardeio.
Além de Ali, Kamal Hussein morava na cidade de Kelya com outros dois filhos: um rapaz de 16 anos, e uma jovem de 21 anos.
Ali Kamal Abdallah tinha 15 anos e nasceu em Foz do Iguaçu (PR).
Filha diz que pai estava angustiado
À RPC Hanan contou que conversou com o pai na madrugada de segunda-feira (23), por volta das 5h no horário de Brasília. Ela relatou que o pai estava angustiado e estava tentando conseguir passagens para os filhos voltarem ao Brasil, porque estava com medo. A jovem tem um bebê e está há mais de um ano sem ver a família. Ela voltou ao Brasil após se casar, há cerca de 2 anos.
Conforme Hanan, o restante da família já tentava voltar ao Brasil. A esposa da vítima e mãe de Hanan, de 49 anos, chegou a Foz do Iguaçu cerca de uma semana.