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Após identificação dos corpos, veja os próximos passos das investigações do avião que caiu em Vinhedo

Os órgãos aeronáuticos e a Polícia Federal irão investigar o acidente que deixou 62 mortos no interior de São Paulo

A aeronave caiu em uma área residencial na cidade de Vinhedo, interior de São Paulo, mas não atingiu moradores

Após a remoção dos corpos das 62 vítimas do voo 2283 da Voepass que caiu em Vinhedo (SP) na última sexta-feira (9) e da caixa-preta da aeronave ter sido enviada para a Brasília pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), um relatório preliminar com as causas do acidente deve ser divulgado em 30 dias.

O resgate dos 58 passageiros e 4 tripulantes, sendo 34 homens e 28 mulheres, foi finalizado no início da noite do último sábado (10), por volta de 18h30. Os corpos foram encaminhados para a unidade central do Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo identificação e liberação pelas famílias.

Reconhecimento dos corpos

A Polícia Científica do Estado do Paraná está, desde sexta-feira (9), prestando atendimento aos familiares das vítimas da tragédia. Foi montado uma rede de atendimento no munícipio de Cascavel, de onde o avião saiu, para fazer a coleta de dados e de DNA dentro do protocolo Identificação de Vítimas de Desastres (DVI).

De acordo com o Governo do Estado, 26 famílias foram atendidas e 15 pessoas fizeram exame de DNA. As amostras de perfil genético, além de documentações odontológicas e médicas, serão encaminhadas à Polícia Científica de São Paulo, que trabalha no local do acidente e no IML central do estado paulista, para auxiliar na identificação das vítimas.

A Voepass também abriu um canal gratuito 24 horas por dia para a comunicação com os parentes dos passageiros e da tripulação que estavam a bordo do avião ATR-72.

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Investigação

Além do relatório preliminar, o Cenipa irá divulgar um relatório final, que engloba tudo que foi apurado e, também, recomendações do órgão para que novos acidentes não aconteçam. Para este documento, não há prazo definido.

Porém, se esse prazo for maior que um ano da data da ocorrência, ou seja, 9 de agosto de 2025, a norma determina a divulgação de documento chamado Reporte Intermediário (Interim Statement), que atualiza sobre o andamento das investigações.

Além dos órgãos aeronáuticos, a Polícia Federal (PF) também irá investigar o caso. A PF enviou, além de policiais federais, especialistas em acidentes aeronáuticos e identificação de vítimas de desastres para o local do acidente.

Três representantes do Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França (Bureau d’Enquêtes et d’Analyses pour la Sécurité de l’Aviation Civile, BEA, em francês) também chegaram na manhã deste domingo (11) em Vinhedo. O BEA foi acionado pelas autoridades brasileiras e deve colaborar nas investigações já que a aeronave que caiu, modelo ATR-72, foi fabricada na França. Também estão no interior de São Paulo representantes do Conselho de Segurança nos Transportes do Canadá (Transportation Safety Board, TSB, em inglês), país onde os motores da aeronave foram fabricados.


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Jornalista pela UFMG com passagem pela Rádio UFMG Educativa. Na Itatiaia desde 2022, atuou na produção de programas, na reportagem na Central de Trânsito e, atualmente, faz parte da editoria de Política.