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Homem que matou e jogou corpo de criança em lixeira disse que pediu perdão a Deus após o crime

O pedreiro Edilson Amorim dos Santos Filho, de 47 anos, confessou o crime; autor jogou o corpo da menina em lixeira para que ele fosse triturado

À esquerda, o assassino confesso Edilson Amorim dos Santos Filho; à direita, a vítima Sophia Ângelo

O homem acusado de matar Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, revelou que foi à Igreja Universal pedir perdão a Deus após o crime. A criança foi morta, na última segunda-feira (27), com 35 facadas e teve o corpo jogado em uma lixeira na Ilha do Governador, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

À polícia, o pedreiro Edilson Amorim dos Santos Filho, de 47 anos, confessou o crime. No mesmo dia que assassinou Sophia, o autor enviou uma foto na porta da igreja para a namorada. A informação foi confirmada pela Polícia Civil.

Ela contou que não sabia que o pedreiro havia matado a menina e que nunca notou nenhum comportamento estranho do homem em relação a crianças. Ela ainda contou que Edilson bebia muito e era agressivo.

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Família suspeita de abusos anteriores

O pai de Sophia Ângelo Veloso da Silva, de 11 anos, encontrada morta dentro de uma lixeira no Rio de Janeiro, encontrou o diário da menina após a sua morte. O expedidor de voo Paulo Sérgio da Silva contou que, nos escritos, a filha descreveu detalhes de como iria morrer.

“Ela colocou as possíveis mortes lá e dizia homicídio e estupro. Toda a morte que ela teve ela já sabia de alguma forma que isso aconteceria. Eu não sei há quanto tempo isso estava lá. Foi meu filho e minha esposa que encontraram. Hoje eu sou um pai acabado. Ele não tinha esse direito”, lamentou o pai em entrevista à imprensa durante o velório de Sophia.

Com o achado, a família suspeita que a menina já estava sendo vítima do abusador há mais tempo. No dia em que o corpo de Sophia foi encontrado, os parentes da menina foram até a delegacia. Lá, uma sobrinha do suspeito revelou que havia sido abusada pelo tio quando tinha 16 anos. Hoje, com 22, ela conta que a mãe não denunciou o crime na época para poupar a avó, que já era de idade.

O crime

Na segunda-feira (27), Sophia Ângelo, de 11 anos, seguia para escola a pé, no bairro Moneró, na Ilha do Governador, quando desapareceu. Ao descobrir que a filha não tinha tinha ido a aula, o pai da vítima comunicou o desaparecimento da menor a polícia, relatando que ela foi para a escola por volta das 7h, mas não chegou ao seu destino.

Ele refez o trajeto da criança e conseguiu uma imagem de uma câmera de um comércio onde mostra Sophia ao lado de um homem. Ao ver as imagens, o pai da menina reconheceu que o homem preso é irmão de uma ex-companheira dele.

Horas antes de Edilson ser preso, a polícia encontrou o corpo de Sophia na caçamba de um caminhão de lixo, enrolado em uma lona, com mãos e pés amarrados com fios e com diversas lesões.

Edilson foi localizado na madrugada de terça-feira (28), na casa da mãe e levado à delegacia. Durante perícia na casa do suspeito, os agentes da delegacia da 37ª DP (Ilha do Governador) encontraram uma faca e uma chave de fenda torta, escondida em um buraco e com indícios de sangue, além de vestígios de sangue no banheiro.

Na delegacia, o acusado confessou a autoria dos crimes, afirmando que chegou a passar a mão na vítima. Ele contou que usou uma faca que possuía em casa para matar a menina, para evitar que ela contasse sobre o fato para alguém.

Após cometer o assassinato, o acusado disse ainda que amarrou as mãos e os braços da vitima com fios elétricos e enrolou ocorpo da criança em uma lona azul e depois, utilizando um carrinho de obras, colocou o corpo em uma caçamba de lixo compactadora.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.