O empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, de 45 anos, vítima do caso conhecido como “brigadeirão envenenado”, foi encontrado morto em seu apartamento no dia 20 de maio. De acordo com familiares, ele era um homem reservado e prestativo.
Em entrevista, Bruno Luiz Ormond, 50, primo de Luiz, conta que a mãe de Marcelinho, como era conhecido, não aprovava o relacionamento do filho com
“Ele era um homem bondoso e sozinho. Virou a vítima perfeita”, afirmou o primo ao jornal O Globo.
De acordo com o primo, Luiz não teve muitas namoradas durante a vida, e
“Não era um homem rico”
Luiz Marcelo recebia pensão por invalidez e vivia da renda de aluguel de apartamentos. Segundo o primo, ele levou um tiro durante um assalto há dez anos em uma lotérica e perdeu o movimento de um dos braços. Além disso, com a morte dos pais, Luiz herdou três apartamentos: um no Engenho Novo, um no Méier e outro na Ilha de Paquetá.
Apesar disso, o primo afirma que “ele não era um homem rico”. Porém, de acordo com ele, a namorada dizia que queria ajudá-lo a fazer investimentos. “Por isso, decidiram abrir uma conta conjunta”, finaliza Bruno.
Entenda o crime
Luiz foi dado como desaparecido no dia 17 de maio.
A primeira imagem é do dia 17 de maio, dia da morte do empresário. Às 17h04, o casal aparece no elevador do prédio com duas cervejas e um prato em mãos. Os dois descem até a portaria e voltam 40 minutos depois. Às 17h46, o casal aparece novamente no elevador já sem as cervejas, mas ainda com o prato. Para a polícia, existe a possibilidade do prato conter o brigadeiro envenenado. Neste mesmo dia, Luiz Marcelo come o brigadeirão e morre.
Polícia prende cigana envolvida na morte de empresário envenenado com brigadeirão no Rio | CNN Brasil
O laudo da necrópsia não determinou a causa da morte. No entanto, os peritos identificaram uma pequena quantidade de líquido achocolatado no sistema digestivo. De acordo com o laudo, Luiz morreu três ou seis dias antes do corpo ser localizado. Com isso, a polícia acredita que Júlia chegou a dormir na mesma casa onde estava o cadáver durante todo o fim de semana dos dias 18 e 19 de maio.
No dia 19, as câmeras do prédio filmaram Júlia dentro do elevador, vestida com uma roupa de academia. Às 10h53, ela volta para o apartamento sozinha e parece mandar um áudio ainda dentro do elevador. No dia seguinte, em 20 de maio, Júlia aparece deixando o prédio com uma mala.
Na fuga, a suspeita teria levado os pertences do empresário e o carro dele. Nesse tempo, ainda segundo a polícia, ela chegou a enviar mensagens pelo celular do empresário se passando por ele. No mesmo dia, após Júlia fugir,