Aos 120 anos de idade, a ferrovia que liga Minas Gerais ao Espírito Santo movimenta cerca de 30% de toda a
Só de
Local onde os trens passam por manutenção, em Vitória (ES)
Modais complementares
Mas se engana quem pensa que a ferrovia basta para escoar, sozinha, o minério. “
Entre os outros produtos que são transportados pela linha, Gildiney destaca alguns: “ela transporta carvão, celulose, combustível, entre outros”, acrescentou.
Ou seja, a linha do trem é uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento econômico da região. “Muitas cidades ao longo da ferrovia nasceram devido a ela. Então, isso é um fator importante, que mostra o quanto a ferrovia contribui para o desenvolvimento local e regional dos dois estados”, acrescentou.
Colatina (ES), Aimorés (MG), Resplendor (MG), Governador Valadares (MG) e Coronel Fabriciano (MG), por exemplo, nasceram assim. “A ferrovia tem um importante papel na vida de trabalhadores e moradores de municípios por onde passa. Nos últimos 10 anos, cerca de 8 milhões de pessoas utilizaram o trem de passageiros”, afirmou Gildiney.
Linha férrea completa 120 anos
Tecnologia
Para que toda essa operação aconteça, a empresa conta com alta tecnologia - de simuladores a equipamentos de alto desempenho. A inteligência artificial, por exemplo, é uma das principais ferramentas utilizadas na inspeção dos vagões.
A Vale, que opera a linha, usa algoritmos avançados, câmeras e sensores ao longo da via que também conseguem identificar com precisão se está tudo no lugar. Até mesmo as condições climáticas são avaliadas. Todas as variáveis são monitoradas a partir do Centro de Controle Operacional (CCO), em Vitória.
Treino
O centro também é o local de treinamento e formação dos profissionais - maquinistas, oficiais de operação, controladores de pátios, controladores de tráfego - que vão trabalhar na ferrovia. Ali a tecnologia também é aliada - eles tem cabines capazes de simular todas as funções que o maquinista executa durante uma viagem real do trem. O cenário é programado para que o profissional seja desafiado a executar a melhor condução possível e todas as suas ações são avaliadas de forma automática.
“Podemos comparar com um simulador para obtenção de carteira de motorista, porém adaptado à realidade da ferrovia”, diz Gildiney. O simulador foi desenvolvido no Brasil, fruto de uma parceria entre a Vale e a Universidade de São Paulo.
*A repórter Larissa Ricci viajou a convite da Vale.