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Irmã gêmea de ‘serial killer’ é acusada de ajudar em série de assassinatos

Roberta e Ana Paula são suspeitas de matar quatro pessoas por envenenamento em São Paulo

O MP-SP denunciou Roberta Cristina Veloso Fernandes (direita), gêmea de Ana Paula Veloso Fernandes (esquerda), apontada como “serial killer”

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou Roberta Cristina Veloso Fernandes, de 36 anos, irmã gêmea de Ana Paula Veloso Fernandes, apontada como “serial killer, por ter auxiliado a irmã no assassinato de ao menos quatro pessoas.

Agora, Roberta também é ré pelos crimes e sua prisão temporária passa a ser preventiva.

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Ana Paula também permanece presa. Os homicídios ocorreram entre janeiro e maio, nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e, segundo a Polícia Civil, as vítimas podem ter sido envenenadas.

Envenenamento

A Perícia da Polícia Técnico-Científica identificou “chumbinho”, um tipo de veneno, em um frasco encontrado na residência das irmãs em Guarulhos, na Grande São Paulo. Exames complementares, que determinarão quais substâncias foram responsáveis pelas mortes, ainda não foram concluídos.

Segundo o MP, Roberta participou ativamente dos crimes e dos “planos macabros” da irmã, sendo a primeira vez que é acusada de atuar como serial killer. “Estamos diante de mais uma ‘serial killer’”, destacaram os promotores Rodrigo Merli Antunes e Vania Caceres Stefanoni na denúncia, acrescentando que Roberta “revela-se uma assassina em série tal como a irmã”.

O Ministério Público solicitou à Justiça a conversão da prisão temporária de Roberta, em preventiva, assim como ocorreu com Ana Paula. Além disso, determinou que Roberta pague R$ 80 mil durante o processo, a serem divididos entre as famílias das vítimas, como “reparação mínima pelos danos causados”.

Quem são as vítimas?

Roberta é acusada de ajudar Ana Paula a matar Marcelo Hari Fonseca (proprietário de imóvel alugado por Ana Paula) e Maria Aparecida Rodrigues (conheceu Ana através de um aplicativo de relacionamento), em Guarulhos; Neil Corrêa da Silva (pai de Michelle Silva), em Duque de Caxias (RJ); e Hayder Mhazres (ex-namorado de Ana Paula), na capital paulista.

Três dos quatro corpos já foram exumados para a realização de exames que determinarão o veneno utilizado. Como Hayder foi enterrado na Tunísia, a polícia solicitará a exumação junto às autoridades brasileiras e tunisianas.

As investigações indicam que as irmãs utilizavam veneno em alimentos e bebidas para eliminar as vítimas, na maioria dos casos por motivos financeiros. Segundo a apuração, Ana Paula também “teria prazer em matar”.

Além de Roberta, Ana Paula contou com a colaboração de Michelle Paiva da Silva, de 43 anos e filha de uma das vítimas. Ana Paula foi presa em julho, Roberta em agosto, e Michelle, em 7 de outubro, suspeita de ter pago R$ 4 mil às irmãs para que envenenassem e matassem o próprio pai, de 65 anos.

Morte de 10 cachorros

A Polícia Civil de Guarulhos, na Grande São Paulo, também investiga se Ana Paula Veloso Fernandes, suspeita de ter matado quatro pessoas em São Paulo e no Rio de Janeiro, também é responsável por matar pelo menos dez cachorros. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.

Em depoimento no 1º Distrito Policial de Guarulhos, a mulher citou que havia comprado chumbinho no Rio de Janeiro e teria utilizado para matar cães, porém, sem especificar quantos.

Caso fique comprovado que os cachorros foram envenenados e mortos, ela, e possíveis demais responsáveis, poderão responder pelo crime de maus-tratos a animais.

*Sob supervisão de Edu Oliveira

Estudante de jornalismo pela PUC Minas. Trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre Cidades, Brasil e Mundo.
Yuri Cavalieri é jornalista e pós-graduando em política e relações internacionais. Tem mais de 12 anos de experiência em rádio e televisão. É correspondente da Itatiaia em São Paulo. Formado pela Universidade São Judas Tadeu, na capital paulista, onde nasceu, começou a carreira na Rádio Bandeirantes, empresa na qual ficou por mais de 8 anos como editor, repórter e apresentador. Ainda no rádio, trabalhou durante 2 anos na CBN, como apurador e repórter. Na TV, passou pela Band duas vezes. Primeiro, como coordenador de Rede para os principais telejornais da emissora, como Jornal da Band, Brasil Urgente e Bora Brasil, e repórter para o Primeiro Jornal. Em sua segunda passagem trabalhou no núcleo de séries e reportagens especiais do Jornal da Band.