Chamada de “serial killer” pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP), a
De acordo com a reportagem, Ana Paula teria dado uma facada em Marcelo após uma discussão, mas somente acionou a polícia cinco dias depois, quando seu filho começou a reclamar do cheiro forte e ela percebeu larvas caminhando pela casa.
Os peritos não encontraram sinais de violência externa no corpo de Marcelo, que teria sido o primeiro de quatro assassinatos cometidos por envenenamento atribuídos à universitária.
Ainda segundo “O Globo”, Ana Paula contou que ela e a irmã teriam feito o pagamento de R$ 2 mil para residirem nos fundos da casa, junto com dois adolescentes, filhos delas, e alguns cães. Pouco depois, ocorreu uma discussão com o proprietário, que teria ameaçado o filho de Ana Paula e tentado invadir a área reservada à família.
“Ele sentou no sofá e ficou com os braços abertos, falando um monte de coisa na minha cara. Aí dei uma facada nele debaixo da axila direita”, relatou Ana Paula, segundo “O Globo”.
A universitária escondeu o corpo com um lençol para que o filho e a sobrinha não vissem Marcelo ferido, jogou a faca fora no dia seguinte e só chamou a polícia cinco dias depois. Câmeras corporais da PM registraram sua chegada, com Ana Paula se apresentando como inquilina e sorrindo ao saber da morte da vítima, embora a confissão só tenha ocorrido meses depois, na delegacia, após prisão.
As quatro vítimas
Ana Paula é suspeita de matar quatro pessoas entre janeiro e maio de 2025:
- Marcelo Hari Fonseca – morto em janeiro, em Guarulhos (proprietário do imóvel de Ana Paula);
- Maria Aparecida Rodrigues – morta entre 10 e 11 de abril em Guarulhos (vítima visitou a casa de Ana Paula);
- Neil Corrêa da Silva – morto em 26 de abril, em Duque de Caxias, RJ (pai de um ex-colega de Ana Paula; ela teria viajado para executar o crime, que foi supostamente ‘encomendado’);
- Hayder Mhazres – morto em 23 de maio em São Paulo (morreu no saguão do prédio após tomar um milk-shake acompanhado de Ana Paula).
No caso de Neil Corrêa da Silva, Ana Paula é suspeita de
Ainda de acordo com a polícia, Ana Paula teria contado com a ajuda da irmã gêmea, Roberta Cristina Veloso Fernandes, para aplicar o veneno e matar as quatro vítimas. A filha de uma das vítimas, Michelle Paiva da Silva, está envolvida apenas na morte do pai, Neil. Todas estão presas: Ana Paula foi detida em julho, Roberta em agosto e Michelle na última terça-feira (7).
O Ministério Público afirma que Michelle pagou R$ 4 mil às irmãs para matar seu próprio pai, enquanto Ana Paula e Roberta teriam sido responsáveis por aplicar o veneno nas demais vítimas.
Modus operandi
Segundo as investigações, Ana Paula agiu por motivo torpe em todas as quatro mortes.
Os crimes seguiram um padrão semelhante, com uso de envenenamento e métodos que impediam a defesa das vítimas, conforme consta na denúncia apresentada pelo Ministério Público. Todas as mortes teriam sido provocadas com substâncias tóxicas.