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Mulher é acusada ser ‘serial killer’ por matar 4 pessoas envenenadas

Ministério Público de São Paulo apresentou denúncia contra Ana Paula Veloso Fernandes pela morte de três homens e uma mulher

Mulher teria envenenado a feijoadas de uma das vítimas; crimes ocorreram entre janeiro e maio

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) classificou a estudante universitária Ana Paula Veloso Fernandes, de 35 anos, acusada de matar pelo menos quatro pessoas envenenadas, de ser uma “serial killer”. A mulher está presa preventivamente e, no último dia 3 de setembro, a promotoria ofereceu denúncia contra a suspeita.

Segundo a denúncia, entre janeiro e maio, a mulher teria envenenado três homens e uma mulher. As vítimas são Marcelo Hari Fonseca e Maria Aparecida Rodrigues, mortos em Guarulhos, na Grande São Paulo; o idoso Neil Corrêa da Silva, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro; e o tunisiano Hayder Mhazres, em São Paulo, capital.

De acordo com o documento, Ana Paulo morava com Marcelo, mas querendo se “apoderar de modo exclusivo da residência, decidiu eliminar a vida do verdadeiro proprietário, ministrando substâncias letais para ele”. Ela teria misturado um veneno semelhante a “chumbinho” no alimento da sua vítima, em janeiro.

Em abril, Ana Paulo matou Maria Aparecida. A suspeita é que a criminosa teria envenenado sua vítima deliberadamente para se vingar da testemunha Diego Sakaguchi, com quem ela havia rompido um relacionamento amoroso. Pouco tempo depois, sob a promessa de receber dinheiro para matar o pai de uma amiga no Rio de Janeiro, ela envenenou Neil Corrêa da Silva.

Sobre o tunisiano Hayder Mhazres, a promotoria afirma que Ana Paula alegava esperar um filho dele e manifestou desejo de se casar, o que foi recusado pela vítima. “Contrariada, e objetivando angariar recursos financeiros de qualquer modo, envenenou também os alimentos de seu novo namorado, ceifando sua vida de modo semelhante a todos os demais”, diz a denúncia.

“Ato contínuo, notório que os quatro crimes de sangue foram perpetrados mediante recurso que dificultou a defesa dos ofendidos, visto que a denunciada dissimulava suas reais intenções homicidas, valendo-se da relação de amizade e afeto possuída com todos eles para se aproximar e colocar em prática seus planos macabros”, completa.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.