A Polícia Federal apura quantas pessoas estavam no barco encontrado com corpos em decomposição, na região de Bragança, no litoral paraense, na manhã do último sábado (13). A embarcação teria saído da Mauritânia, no continente africano, e navegado por quase cinco mil quilômetros.
Inicialmente a
PF acreditava que havia cerca de 20 corpos no barco. Mas na segunda-feira (15), após o barco chegar em terra firme,
a corporação encontrou nove corpos, sendo oito dentro do barco e um fora dele. Porém,
após localizar 25 capas de chuvas (sendo 23 verdes idênticas e duas amarelas) dentro da embarcação, a PF acredita que a viagem tenha começado com ao menos 25 pessoas.
Uma fonte da PF informou à Itatiaia que, agora, a corporação investiga a possibilidade dos corpos 16 corpos não encontrados terem sido lançados ou caído no mar. Ainda há a chance dos fragmentos corporais estarem na embarcação. Exames de DNA irão identificar essa hipótese.
Documentos localizados pela PF apontam que a
embarcação estava na Mauritânia, na África, no dia 17 de janeiro deste ano. O barco foi encontrado sem motor ou quaisquer sistemas de propulsão e direção. Especialistas em oceanografia afirmam que embarcação pode ter sido impulsionada por correntes marítimas e ventos do Oceano Atlântico, que a trouxeram da costa africana para o litoral brasileiro.
Apesar de ter sido encontrada por pescadores no Pará, a PF acredita que os
migrantes desejavam ir até as Ilhas Canárias, na África Ocidental. O arquipélago pertence à Espanha e é considerado uma porta de entrada para acessar ilegalmente o continente europeu.
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