A Polícia Federal descobriu, após análise em colaboração com a Polícia Científica do Pará, que os nove corpos encontrados em um barco à deriva no Pará eram de migrantes africanos.
Os corpos foram identificados após análise de documentos e objetos encontrados juntos a eles. As vítimas eram da região da
Mauritânia e Mali, mas não foi descartada a existência de
pessoas de outras nacionalidades.
Além da PF e da Polícia Científica do Pará, equipes do Insituto Nacional de Criminalística (INC) e do Instituto Nacional de Identificação (INI) também ajudaram a identificar os corpos. O processo seguiu o protocolo internacional de identificação de vítimas de desastres da Interpol (DVI).
As técnicas utilizadas são semelhantes às
usadas no rompimento da barragem de Brumadinho, na Grande BH, disseram fontes da perícia da PC à Itatiaia.
Relembre
Vários
corpos em decomposição foram encontrados em um barco à deriva no litoral paraense na manhã de sábado (13). A embarcação estava próximo à Ilha de Canelas, na cidade de Bragança, região Nordeste do estado e com acesso ao Oceano Atlântico, e foi localizada por pescadores.
As
vítimas, que não tiveram identidades divulgadas, teriam morrido de
fome e desidratação, segundo a PF. O
barco foi rebocado nessa segunda-feira (15) e levado até a comunidade do Castelo, na zona rural de Bragança. De lá, ele será levado para análise do Instituto Médico Legal (IML) em Bragança.
Conforme informou a Marinha do Brasil, o
barco foi fabricado com fibra de vidro, com cerca de 13 metros de comprimento. Ele foi encontrado sem motores ou quaisquer sistemas de propulsão e direção. A embarcação não apresentava sinais de danos estruturais, demonstrando que
não passou por naufrágio.
O
Ministério Público Federal (MPF) abriu dois inquéritos para investigar o caso: um na área criminal, para apurar possíveis crimes cometidos e responsabilizar os autores; e um na área cível, focado na proteção de direitos e em questões de interesse público. A PF também segue investigando.
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