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‘Há corpos aparentes e outros em um porão’, diz Marinha sobre quantidade cadáveres em embarcação

Corpos encontrados em embarcação à deriva na região de Bragança, no Pará, serão transferidos para o IML nesta segunda-feira (15)

Equipes da Marinha, da Polícia Federal e do Corpo de Bombeiros do Pará irão levar, nesta segunda-feira (15), para o Instituto Médico Legal de Bragança a embarcação com corpos encontrada à deriva no Pará. Conforme informações da Marinha do Brasil, ainda não é possível definir a quantidade de cadáveres porque há alguns corpos mais aparentes e outros em porões do barco.

“Alguns corpos estão mais aparentes. Mas essa embarcação tem dois acessos do que seria um porão e há informações de que lá d entro também há corpos. Então essa quantidade exata, isso tudo ainda será esclarecido no hoje [segunda-feira, 15], com as perícias técnicas”, informou o Capitão de Mar e Guerra, Ewerton Rodrigues.

Inicialmente, a Polícia Civil do Pará chegou a afirmar que, em informações preliminares, haviam 20 corpos no local. No entanto, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal não confirmaram as informações.

Dificuldades no resgate

Conforme o Capitão, o resgate estava previsto para começar no mesmo dia em que embarcação foi encontrada, no sábado (13). Contudo, devido à grande variação da maré, de aproximadamente 3 metros, não foi possível prosseguir com a operação. Já na manhã de domingo (14), os esforços continuaram, mas outros obstáculos, como os bancos de areia e a navegação, também interferiram no resgate - o que fez com que a operação durasse cerca de 15 horas.

“A embarcação chegou por volta de meia-noite e até cerca de 3h da manhã houve tentativas para tirar a embarcação para colocar no caminhão e levar até o instituto médico-legal no município de Bragança”, explica Rodrigues.

O terreno do local e as chuvas na região também dificultaram o transporte dos corpos para o IML. “A lama dificultou um pouco a operação. Ela foi interrompida e continuará nesta segunda-feira [15], para que os peritos criminais e papiloscopistas possam trabalhar e aí, sim, ter informações sobre quantidade de corpos, possíveis causas das mortes e também algum indício sobre a origem dessa embarcação”, afirmou o Capitão de Mar e Guerra.

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Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento