A escolha de um novo veículo oficial para o novo diretor do FBI (Federal Bureau of Investigation) reacendeu debates sobre o uso de recursos públicos e prioridades administrativas nos Estados Unidos. Kash Patel, chefe da agência nomeado pelo presidente Donald Trump em fevereiro deste ano, determinou a adoção de um SUV BMW X5 blindado para o seu transporte oficial, substituindo modelos tradicionalmente utilizados pela instituição, como o icônico Chevrolet Suburban.
De acordo com informações divulgadas pelo próprio FBI, a decisão faz parte de um processo de renovação da frota e teria sido motivada por critérios de segurança, custo operacional e menor exposição visual. O veículo escolhido é uma versão blindada, capaz de suportar diferentes níveis de ameaça e atender aos protocolos de proteção exigidos para a função.
Chevrolet Suburban é conhecido por ser utilizado há décadas como veículo oficial de autoridades norte-americanas
A mudança, no entanto, não passou despercebida. Parlamentares, analistas e ex-integrantes de órgãos de segurança questionaram a escolha de um automóvel de categoria premium e fabricado por uma marca alemã (embora seja produzido nos Estados Unidos), especialmente em um contexto de discurso político voltado à valorização da indústria nacional e à contenção de gastos públicos. Críticos apontam que, embora blindado, o modelo carrega uma imagem de luxo incompatível com a tentativa de discrição mencionada pela direção da agência.
O FBI alega que a aquisição foi avaliada tecnicamente e que o custo total do veículo e de sua manutenção seria inferior ao de alternativas blindadas produzidas sob encomenda, o que poderia representar economia aos cofres públicos no longo prazo. A agência, no entanto, não divulgou valores detalhados nem a quantidade exata de veículos adquiridos.
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Kash Patel, foi nomeado como diretor do FBI pelo presidente Donald Trump em fevereiro de 2025
A controvérsia ocorre em meio a um ambiente político sensível, no qual decisões administrativas envolvendo benefícios e estruturas de alto escalão vêm sendo analisadas com maior rigor pelo Congresso. Especialistas em gestão pública destacam que, embora a segurança de autoridades seja prioridade, escolhas desse tipo tendem a gerar questionamentos quando envolvem símbolos associados a luxo ou gastos elevados.
Atualmente, o governo do presidente Donald Trump vem enfrentando críticas com a restrição de verbas para alguns setores do funcionalismo público, que seguirá com orçamento temporário válido até 30 de janeiro de 2026, quando encerrará o prazo para o Congresso firmar um novo acordo.