Os citricultores brasileiros espera pelo retorno das chuvas para garantir o desenvolvimento da próxima safra. Levantamentos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam que uma precipitação é crucial para induzir uma florada uniforme nos pomares.
Até o momento, a abertura de flores tem sido pontual, ocorrendo apenas em alguns talhões de sequeiro (sem irrigação) e em lavouras que utilizam sistemas de irrigação.
Preocupação com o estresse hídrico
A principal preocupação dos produtores está nas atuais condições fisiológicas das plantas e também na qualidade das frutas destinadas ao mercado de mesa. O baixo índice pluviométrico tem provocado o murchamento da laranja, afetando a qualidade do produto enviado ao consumidor.
Apesar do atraso no desenvolvimento da safra em comparação com anos anteriores, há uma perspectiva positiva. A previsão meteorológica aponta para a ocorrência de chuvas nas principais regiões citrícolas do cinturão de São Paulo nos próximos dias, o que deve ajudar a manter o potencial produtivo dos pomares.
Preços em leve alta
No mercado de preços, tanto a laranja destinada à indústria quanto a de mesa registraram pequenas valorizações na primeira semana de outubro (6 a 9 de outubro):
- Laranja Pera (Indústria): foi negociada a uma média de R$ 50,41/caixa de 40,8 kg, uma alta de 0,73% em relação à semana anterior. Os poucos contratos fechados seguem estáveis em torno de R$ 50 por caixa.
- Laranja Pera (Mesa): comercializada na árvore à média de R$ 60,53/caixa de 40,8 kg, com aumento de 1,02% sobre a semana anterior. Neste segmento, os vendedores relatam ao Cepea que a procura segue boa nos últimos dias.