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Preço do frango em junho atinge maior queda em 18 anos em SP

Resultado ainda está atrelado ao único caso de gripe aviária em granja comercial do município de Montenegro, no Rio Grande do Sul

Com o fim do vazio sanitário, levantamentos mostram reações nas cotações

Os preços médios da carne de frango no mercado atacadista da Grande São Paulo registraram, de maio para junho, a queda mais intensa em 18 anos, segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea Esalq/USP).

De acordo com o Cepea, o resultado está atrelado ao único caso de gripe aviária em granja comercial do município de Montenegro (RS), confirmado no dia 15 de maio. Nas primeiras semanas de junho, assim como observado na segunda quinzena de maio, os valores domésticos da carne caíram com força, diante das restrições às exportações da proteína impostas por parceiros comerciais do Brasil.

No entanto, após o país conquistar o certificado como livre da doença, os levantamentos do Cepea mostram reações nas cotações da carne em muitas praças. Apesar disso, os reajustes positivos ficaram longe de gerar uma recuperação nas expressivas quedas das primeiras semanas do mês.

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No atacado da Grande SP, em junho, o frango inteiro resfriado teve média de R$ 7,50/kg, forte baixa de 13,4% frente à de maio. Trata-se da variação negativa mais intensa em 18 anos, levando a média mensal ao menor patamar real desde setembro/24 (as médias mensais foram deflacionadas pelo IPCA de maio/25).

Livre de gripe aviária

O vazio sanitário encerrou no último dia 18 de junho, 28 dias após a desinfecção do primeiro e único foco da doença em granja comercial no país, em Montenegro, no Rio Grande do Sul. Os casos de gripe aviária em aves silvestres e aves domésticas de subsistência não interferem no vazio sanitário.

Com o encerramento desse prazo e sem novas ocorrências, o Brasil concluiu todas as ações sanitárias exigidas, recuperando novamente o status de livre da doença.

Desde então, o Mapa segue mobilizado a normalizar as exportações, negociando com os países para retirar as restrições. Veja a situação das exportações.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde