Desde outubro de 2024, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) disponibilizam dados confiáveis sobre os preços médios de negociação dos
O levantamento começou em abril do ano passado, quando pesquisadores das duas instituições estruturaram os processos metodológicos para coleta, armazenamento e cálculo dos preços médios regionais. O feijão é a 32ª cadeia agropecuária acompanhada pelo Cepea. Atualmente, são divulgadas médias de preços para 14 estados brasileiros, abrangendo mesorregiões das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, com informações de 45 diferentes praças de comercialização.
Diariamente, a equipe do Cepea consulta centenas de agentes do setor, incluindo produtores rurais, cooperativas, cerealistas, empacotadores, intermediários e corretores de mercado físico. Mais de 400 preços médios são coletados diariamente, com base em informações de cerca de 300 colaboradores cadastrados.
Os preços Cepea/CNA referem-se ao feijão posto em armazém em municípios agrupados por microrregiões homogêneas, nas quais o frete não interfere na média das negociações. A amostra diária em cada região é submetida a dois procedimentos estatísticos: desvio-padrão (são aceitos valores que estejam no intervalo de dois desvios-padrão para cima e para baixo em relação à média da amostra) e análise do coeficiente de variação. Essas estatísticas têm por objetivo eliminar informações fora do padrão da amostra em cada região.
Segundo o Cepea e a CNA, a iniciativa reduz a assimetria de informações na cadeia produtiva e apoia decisões estratégicas de produtores e entidades do setor. O monitoramento contínuo também fortalece a sustentabilidade da atividade e subsidia políticas públicas voltadas ao feijão brasileiro.
