Durante a 48ª
Segundo o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Seapi, Ricardo Felicetti, a iniciativa pretende articular ações conjuntas em sintonia com o Decreto estadual nº 52.751, de 4 de dezembro de 2015, que instituiu a política de conservação.
“A ideia é somar competências e evitar a dispersão de esforços, garantindo que o Estado avance na gestão sustentável do solo e da água. São recursos que sustentam a produção agropecuária, mas também a vida da população”, destacou. Felicetti acrescentou que as estradas influenciam diretamente o ciclo hidrológico das microbacias, com impacto estimado entre 30% e 40%. “Temos base técnica para intensificar o trabalho junto aos municípios e integrar as ações das diferentes entidades”, completou.
O documento foi firmado sob a coordenação da Seapi e da Associação de Conservação do Solo e da Água do Rio Grande do Sul (ACSA), com a participação de instituições como o Sindicato dos Engenheiros do RS (Senge-RS), Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS (CREA-RS), a Federação das Associações de Municípios do RS (Famurs), a Emater/RS-Ascar e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS).
Força e união das entidades
O vice-presidente da ACSA, Humberto Dauber, reforçou a necessidade de aproximar o tema dos agricultores. “O foco principal é alcançar o produtor, mostrar a importância da participação nos comitês de bacias. Essa consciência ainda não está consolidada, o que se reflete em alagamentos e perdas recentes. Nossa proposta, em parceria com a Embrapa, busca reter a água da chuva no local em que ela cai. Pesquisas mostram que a água infiltrada leva cerca de 60 dias para chegar aos rios. Esse trabalho é estratégico”, disse.
Para o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, a conservação do solo é condição básica para a agricultura. “É fundamental que entidades e poder público atuem juntos. Precisamos fortalecer a assistência técnica, hoje muitas vezes voltada à venda de insumos em vez de difundir conhecimento. Perdemos práticas valiosas, como a rotação de culturas, que agora se mostram essenciais para o futuro. A saúde do solo é mais importante até que o armazenamento de água: o solo é a base de tudo”, afirmou.
48ª Expointer tem agenda com mais de 800 eventos
A 48ª Expointer começou no dia 30 de agosto e vai até o domingo, 7 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Durante os nove dias de feira, mais de 800 eventos compõem a programação oficial, incluindo julgamentos, leilões, provas, palestras, apresentações, workshops e demonstrações sobre todo o universo do agro.
Expointer terá estreia da raça de bovino de corte Greyman no RS Expointer 2025 terá mais de 6 mil animais e estreia de caprina importada da Espanha
Durante a feira, 5.107 animais de argola foram inscritos para os julgamentos. Participam da competição raças de ovinos, bovinos (de corte, de leite e mistos), zebuínos, bubalinos, equídeos, caprinos, coelhos, chinchilas, além de aves e pássaros, que retornam à exposição após dois anos de ausência. A raça bovina de corte Greyman estreia na Expointer este ano, assim como a raça caprina leiteira Murciana. Retornam à exposição cavalos da raça Anglo-Árabe. O ponto alto da exibição é o Desfile dos Grandes Campeões, na sexta-feira (5), às 10h, na Pista Central.
O torneio mais importante do Cavalo Crioulo também terá sua final no sábado (6) durante a Expointer. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) promoverá durante a Expointer a Supercopa de Paleteada e a Supercopa Freio do Proprietário, cujas provas estão marcadas para sexta-feira (5) e sábado (6). Todos os eventos ocorrem na Pista do Cavalo Crioulo.
Apresentação de novas tecnologias e agricultura familiar
Além dos animais, a tecnologia também está presente na feira com as marcas fabricantes nacionais de máquinas, implementos agrícolas e automóveis. Demonstrações técnicas e áreas de test-drive de utilitários ficam no setor de Máquinas e Implementos Agrícolas, organizado pelo Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers).
Já o tradicional Pavilhão da Agricultura Familiar conta com 456 empreendimentos oriundos de 196 municípios gaúchos, um recorde de participação. O espaço é reconhecido pela grande variedade de embutidos, defumados, queijos e laticínios diversos, pães, entre outros produtos artesanais. O Pavilhão da Agricultura Familiar fica aberto ao público todos os dias da feira, das 8h às 20h.
Atrações Culturais e artesanato
A programação cultural da 48ª Expointer está intensa, com show de artistas locais e nomes de projeção nacional. O Palco Principal de shows na Quadra, 6, ao lado das esferas, abrigará o 2º Festival Cultural de Esteio, o Projeto Estrada Cultural, a Mostra Musical da Expointer 2025 e a 2ª Mostra da Cultura Gaúcha do Parque Assis Brasil. São apresentações, mostras e shows todos os dias, de hora em hora, a partir das 14h.
Em sua 42ª edição, a Exposição de Artesanato do Rio Grande do Sul (Expoargs) estará mais uma vez ocupando o Pavilhão do Artesanato, localizado entre os Pavilhões do Comércio e da Agricultura Familiar. Organizada pela Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), por meio do Programa Gaúcho de Artesanato (PGA), a Expoargs deste ano contará com 189 artesãos, em 124 estandes, oriundos de 56 municípios do RS. O Pavilhão do Artesanato funciona todos os dias da Expointer, das 8h às 20h.