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Agricultura familiar contribui para tirar o Brasil do Mapa da Fome

País teve reduções históricas da insegurança alimentar grave e da pobreza

O Brasil comemorou na segunda-feira (28) a saída do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas (ONU). O avanço é o resultado da implementação de políticas públicas que visam garantir o direito à alimentação das famílias brasileiras. Segundo a ONU, ao atingir a marca de menos de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente, o Brasil sai, pela segunda vez, do Mapa da Fome. O índice classifica o país fora da zona de insegurança alimentar grave.

“Essa é uma notícia que alegra o coração de todos os brasileiros e brasileiras, que vivem em um país que alimenta seu povo”, declara o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira. “Temos que mobilizar toda a sociedade para ampliar esse movimento para que o Brasil nunca mais retorne ao Mapa da Fome”, completa Teixeira.

Políticas como, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA), contribuem para o aumento da produção de alimentos beneficiando diretamente milhões de famílias no país e foram importantes o alcance da marca.

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Esta é a segunda vez que o Brasil sai do Mapa da Fome: a primeira foi em 2014. No entanto, a partir de 2016, o Brasil retrocedeu e retornou ao Mapa da Fome no triênio 2018/2019/2020. Em 2023 e 2024, o Brasil teve reduções históricas da insegurança alimentar grave e da pobreza. Os números nacionais da fome, captados por meio da aplicação da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) nas pesquisas do IBGE, mostraram que, até o final de 2023, o país retirou cerca de 24 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave.

*Giulia Di Napoli colabora com reportagens para o portal da Itatiaia. Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.