Tilápia, pirarucu, tambaqui: China abre mercado para peixes do Brasil

Abertura representa fortalecimento das exportações, ampliação das perspectivas de crescimento e diversificação de mercados para o setor pesqueiro

Em 2024, a China importou, entre todos os tipos de pescados, US$ 17,9 bilhões

Brasil e China assinaram nesta terça-feira (22) um protocolo que permite a exportação de pescados de origem extrativa para o país asiático.

A pesca extrativa é a atividade de captura de peixes diretamente de rios, lagos e oceanos, sem o uso de cultivo ou criação em cativeiro. Entre as espécies brasileiras estão tambaqui, tilápia, tuna e pirarucu.

As negociações para a abertura desse mercado vinham sendo conduzidas desde 2016 e eram uma demanda da Câmara Setorial de Pescados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O novo protocolo autoriza a exportação de todos os pescados de origem extrativa que atendam aos requisitos estabelecidos pelas autoridades chinesas.

Em 2024, a China importou, entre todos os tipos de pescados, US$ 17,9 bilhões (mais de R$ 100 milhões). O acordo reforça a posição do Brasil como fornecedor confiável de alimentos no mercado global e consolida a relação estratégica com a China. Protocolo sanitário tem potencial de movimentar até US$ 1 bilhão por ano

Para o setor pesqueiro brasileiro, a assinatura desse protocolo representa não apenas o fortalecimento das exportações, mas também uma ampliação das perspectivas de crescimento e diversificação de mercados.

Com o tarifaço de Trump, o governo federal tem visto a disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo - Estados Unidos e China - como uma oportunidade de aumentar as exportações. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a tensão entre os dois países têm acelerado algumas negociações com Pequim.

A cerimônia de assinatura em Brasília contou com a presença do secretário de Comércio e Relações Internacionais (SCRI/Mapa), Luís Rua; do secretário Adjunto de Comércio e Relações Internacionais, Marcel Moreira; do secretário Adjunto de Defesa Agropecuária (DAS/Mapa), Allan Alvarenga; do diretor do Departamento da Indústria do Pescado (SNPI/Mapa), José Ravagnani; e da vice-ministra da GACC, Lyu Weihong, que estava acompanhada de representantes do GACC, órgão responsável pelas questões sanitárias e fitossanitárias na China.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde

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