Mudanças climáticas provocam queda de 3,2% do PIB do agro em 2024

O Produto Interno Interno Bruto (PIB) da agropecuária caiu 3,2% em 2024 em relação a 2023. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é a queda mais intensa desde 2016, quando registrou recuo de 5,2% no setor.

O agro foi o único setor do PIB que registrou baixa no ano passado. Vale ressaltar que a queda de 2024 ocorreu após uma alta de 16,3% em 2023.

O recuo do ano passado é reflexo do baixo desempenho da Agricultura afetada pelas mudanças climáticas que impactaram várias culturas importantes, ocasionando quedas em suas estimativas anuais de produção, com destaque para a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).

Entre as atividades, a Agropecuária recuou 1,5% em relação a igual período de 2023. Apesar da contribuição positiva da Pecuária e Produção Florestal, este resultado é explicado, principalmente, pelo fraco desempenho de cultivos com safra relevante no quarto trimestre, como por exemplo: laranja (-21,1%), fumo (-9,8%), trigo (-2,9%) e cana (-0,9%).

PIB geral

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou crescimento de 3,4% em 2024, totalizando R$ 11,7 trilhões no acumulado do ano. Sendo R$ 10,1 trilhões do Valor Adicionado a preços básicos e R$ 1,6 trilhões dos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios.

A taxa de investimento em 2024 foi de 17,0% do PIB, contra 16,4% em 2023. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 14,5% em 2024 (ante 15,0% no ano anterior).

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Valor Bruto da Produção de 2025 supera

Apesar da queda do PIB do agro em 2024, o ano de 2025 promete ser melhor.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária da safra 2025 alcançou R$ 1,41 trilhão em janeiro, representando um aumento de 11% sobre 2024, quando bateu R$ 1,27 trilhão.

De acordo com o Mapa, o fator mais relevante no resultado deste levantamento, para os seis principais produtos que tiveram aumento na participação do VBP, foi o crescimento no preço para café, cacau e milho e o aumento na produção para mamona, amendoim e soja. Na pecuária, o aumento de preço foi o fator mais relevante, exceto para ovos, cujos preços deflacionados tiveram queda de 5,6%.