Um estudo brasileiro desenvolveu um revestimento comestível que aumenta a vida útil do morango, um dos frutos mais perecíveis do mercado. O biofilme feito com extrato de casca de romã reduziu a gravidade das lesões provocadas por fungos.
Além da sua aparência atrativa o consumo do
Em testes em laboratório, os pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP) constataram que, ao longo de 12 dias de armazenamento sob refrigeração, os frutos revestidos com a película apresentaram 11% menos redução de peso e demoraram entre 6 e 8 dias para começar a ser contaminados por fungos em comparação a quatro dias das frutas não recobertas com o material.
As lesões provocadas por fungos também foram menos agressivas. Além disso, as análises sensoriais mostraram que o revestimento não alterou o sabor, aroma ou a firmeza do fruto.
O biofilme é composto por resíduos de cascas de romã, ricas em antioxidantes, e quitosana extraída de lulas, sendo o custo estimado em aproximadamente US$ 0,03, ou seja, R$ 0,18 por fruta.
O estudo foi realizado com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e em colaboração com pesquisadores da Embrapa Instrumentação e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sob orientação do professor Stanislau Bogusz Junior. Confira o artigo completo
Minas é o maior produtor
O Brasil é o maior produtor de morangos da América do Sul, de acordo com a Embrapa, sendo Minas Gerais o principal estado produtor com 41,4% (15,581 mil toneladas) do total. Em seguida aparecem os Estados do Rio Grande do Sul, com 25,6% (9,643 mil toneladas), e de São Paulo, com 15,4% (5,8 mil toneladas).