A raça crioula, tradicional do Rio Grande do Sul, movimentou mais de R$ 122 milhões de faturamento em leilões em 2024. Os dados foram divulgados nesta semana pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC).
De acordo com o balanço, os cavalos crioulos apresentaram crescimento em todos os segmentos e modalidades esportivas, apesar das enchentes que atingiram o estado gaúcho entre abril e maio do ano passado.
No total, foram 227 remates realizados, com base em dados do Sindicato de Leiloeiros Rurais e Empresas de Leilão Rural do Rio Grande do Sul (Sindiler). O resultado foi o faturamento de R$ 122 milhões.
“Conseguimos fazer um ciclo extremamente virtuoso, com todas as dificuldades, fizemos todas as finais com números expressivos. O resumo disso tudo é a positividade e números expressivos na comercialização. Na compra de sangue comprovados em pista e também animais prontos para as provas seletivas ou esportivas”, afirma o presidente da ABCCC, César Hax.
O resultado também foi celebrado pelos criadores da raça. “Leilão é o coroamento de uma criação, é o que promove a comprovação do rumo certo, e que os produtos estão no caminho certo. Toda criação tem um custo alto, acredito ser muito importante permitir que outros criadores e amantes da raça possibilitem disponibilizar esses animais que possam andar na mão de outras pessoas. Para nós, criadores gaúchos, nesse período toda a comercialização e comprovação da raça é de extrema importância”, destaca Evaldo Francisco da Rosa, da Estância Liberdade, de Rolante (RS).
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Para o presidente da Sindiler, Fábio Crespo, o ano foi extremamente positivo nos leilões: “Tivemos um ano espetacular, onde animais e criações importantes da raça Crioula marcaram a história com valores e recordes de vendas. Mas mais que isso, foi um ano onde a comercialização da raça foi fortemente aquecida pelos leilões menores, mas com alto fluxo de venda de animais”, destacou.
Segundo Crespo e a ABCCC, a projeção para 2025 é superar o ótimo ano de 2024.