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Você sabe a diferença entre arroz de terras altas, irrigado e de sequeiro? Explicamos

Escolha da tecnologia tem a ver com o clima, o tipo da cultivar e o regime de chuvas da região

O arroz irrigado é aquele em que utiliza-se água do rio mais próximo, por meio de bombeamento

O arroz de terras altas tem predominância no Maranhão e o irrigado no Rio Grande do Sul. O analista de transferência de Tecnologia da Embrapa Cocais, Carlos Santiago, explica que no caso do estado nordestino, essa predominância é apenas em quantidade de área plantada porque esse tipo de arroz é mais plantado por agricultores familiares. Então a quantidade de produtores e de municípios que plantam é muito grande, mas são áreas pequenas. Outro problema, segundo ele, é o baixo nível de tecnologia utilizada, com média de 1,5 mil a 2 mil quilos por hectare”, explica.

De acordo com Santiago, o arroz irrigado é aquele em que utiliza-se água do rio mais próximo, por meio de bombeamento, para encharcar a plantação. No caso do Maranhão, geralmente, os rios Mearim ou Itapecuru.

O arroz de sequeiro favorecido são cultivares de arroz irrigado, em que a água da chuva inunda a plantação. A produção fica submersa entre 5 e 10 centímetros de água, durante a maior parte do tempo. “Normalmente, são solos pesados em que a água tem dificuldade de infiltrar”, explicou o analista da Embrapa.

Já o arroz de terras altas é cultivado em áreas favorecidas pelo regime de chuvas

Já o arroz de terras altas é cultivado em áreas favorecidas pelo regime de chuvas ou, em algumas situações, sob sistema de irrigação por aspersão. Esse sistema de cultivo pode ser utilizado tanto em grandes lavouras mecanizadas como em pequenas, como as de produção para subsistência.

A contribuição do arroz de terras altas para a produção nacional é 20%, ocupando 40% da área total cultivada com a cultura no país, com destaque para os estados de Mato Grosso e Maranhão.

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Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.