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Projeto Moradores: as vozes de Minas Gerais na preservação do Patrimônio Cultural

Através de estúdios montados em praças públicas, os moradores são convidados a compartilhar suas memórias e reflexões, que são posteriormente transformadas em exposições e produtos culturais e educativos.

Em meio às históricas cidades de Minas Gerais, um projeto nasceu e cresceu com uma abordagem única e profundamente humana na preservação da cultura e da história: o “Projeto Moradores – A Humanidade do Patrimônio”. Concebido pela produtora mineira Nitro Histórias Visuais, em 2012, o projeto se propõe a valorizar as memórias e as histórias de vida dos moradores locais, reconhecendo-os como o verdadeiro patrimônio das suas cidades.

A origem do projeto remonta ao Festival de Fotografia de Tiradentes, onde a Nitro foi desafiada a engajar-se com a comunidade local. A resposta foi uma exposição inovadora que colocou os moradores no centro do palco, marcando o início de uma jornada que se estenderia por cinco estados brasileiros e 27 cidades, documentando cerca de 4.000 pessoas. Esta iniciativa não só capturou fotografias e depoimentos, mas também fomentou uma profunda reflexão sobre o patrimônio material e imaterial dessas localidades.

Valorizando a memória e a história oral

Um dos grandes segredos para o sucesso do projeto é a metodologia empregada: a valorização da memória oral e das histórias pessoais. Através de estúdios montados em praças públicas, os moradores são convidados a compartilhar suas memórias e reflexões, que são posteriormente transformadas em exposições e produtos culturais e educativos. Esta abordagem não só preserva a história oral dos cidadãos, mas também as torna acessíveis a um público mais amplo, celebrando experiências e saberes populares.

Em 2022, o “Projeto Moradores” foi o grande ganhador do Prêmio Rodrigo Melo Franco, a maior honraria nacional dedicada à promoção do Patrimônio Cultural do Brasil. Este reconhecimento confirma a importância da iniciativa na preservação e valorização do patrimônio cultural, além de homenagear o legado do mineiro Rodrigo Melo Franco (1898-1969), primeiro diretor do antigo Sphan, depois Iphan, e de atuação tão importante na proteção dos bens patrimoniais do Brasil.

Trabalhando pela valorização das memórias dos moradores como o maior patrimônio de uma cidade, a iniciativa busca ressignificar a maneira como visitantes e moradores veem e valorizam as cidades. A ideia é enfatizar a importância das relações e laços afetivos que unem as pessoas aos lugares, promovendo um diálogo contínuo entre as gerações e garantindo que as memórias e histórias locais sejam celebradas e preservadas.

Através da valorização das vozes individuais, o “Projeto Moradores – A Humanidade do Patrimônio”. não apenas documenta o passado, mas também ilumina o caminho para o futuro, garantindo que o patrimônio cultural de Minas e do Brasil seja preservado para as próximas gerações. Resgatando a memória e a história oral das comunidades, o Moradores reafirma a crença de que as verdadeiras joias de uma comunidade são suas histórias, suas pessoas e suas memórias, elementos que juntos, tecem a vibrante tapeçaria da mineiridade.

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