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Sentindo-se esgotado? Psicóloga aponta 3 sinais de alerta para o burnout

Fadiga constante, perda de prazer nas atividades e mudanças comportamentais podem indicar exaustão extrema

Autora best-seller do New York Times compartilha três sinais principais que indicam a presença do esgotamento extremo, conhecido como ‘burnout’

Você anda sem energia, sem motivação e com a sensação de estar no caminho oposto ao que deseja para a sua vida? Esses podem ser sinais claros de ‘ burnout’ - uma condição séria, geralmente causada por estresse crônico, especialmente no ambiente de trabalho. A psicóloga clínica e autora best-seller do New York Times, Julie Smith, compartilhou três sinais principais que indicam a presença do esgotamento extremo. Confira os principais pontos:

1) Sintomas físicos

O burnout não se limita ao cansaço emocional. Segundo Smith, “o burnout pode se manifestar como sintomas físicos”, indo além da fadiga. Dificuldade para dormir, dores de cabeça frequentes e alterações no apetite - como fome excessiva ou falta total de apetite - também são indícios importantes.

2) Sintomas emocionais

Os efeitos emocionais do burnout podem ser profundos. “Você se sentirá derrotado, impotente ou preso, talvez até fantasiando em abandonar todas as suas responsabilidades por um tempo”, afirma a psicóloga em vídeo publicado no Instagram. Além disso, a pessoa perde o senso de realização ou prazer em atividades que antes traziam alegria, como o trabalho, relacionamentos ou hobbies simples, substituídos por sentimentos de angústia, preocupação e ansiedade.

3) Mudanças comportamentais

O terceiro sinal é perceptível no comportamento diário. A procrastinação se intensifica, até mesmo com tarefas simples. “Tarefas que antes pareciam fáceis agora são esmagadoras, e você está tão cansado que até socializar parece demais. Você também pode se tornar mais dependente daquilo que costuma usar como válvula de escape”, explica. Isso pode incluir o aumento no consumo de álcool, comida, redes sociais ou outros hábitos de fuga. Além disso, há tendência a explosões de irritação e conflitos com pessoas próximas.

Julie Smith reforça que os comportamentos costumam ser os primeiros sinais visíveis: “Isso acontece porque muitas vezes passamos direto da emoção dolorosa para uma tentativa de anestesiá-la, buscando alívio imediato. Você não pensa conscientemente que está sobrecarregado, apenas percebe que está evitando tudo que costumava ser simples, até mesmo o que você amava antes. Nada disso é culpa ou fraqueza. O estresse é uma informação. Quando você está disposto a olhar para essa informação com curiosidade, ela pode revelar o que você precisa.”

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Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.