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Quanto sangue um mosquito suga em uma picada?

A fêmea do mosquito pode ingerir até três vezes seu peso em sangue

Você já se perguntou quanto sangue um mosquito realmente consegue retirar do seu corpo durante aquela picada incômoda? Surpreendentemente, embora seja uma quantidade mínima para nós, é um verdadeiro banquete para o mosquito.

Em média, uma fêmea de mosquito consome entre 0,001 e 0,01 mililitro de sangue por picada, o que equivale a 1 a 10 microlitros. Estudos indicam que a média gira em torno de 5 microlitros, cerca de um quinto do tamanho de uma gota d’água. Para esgotar todo o sangue humano, seriam necessárias mais de um milhão de picadas simultâneas, algo praticamente impossível.

A estrutura bucal da fêmea, chamada probóscide, funciona como uma agulha hipodérmica. Ela perfura a pele, localiza um pequeno vaso sanguíneo e inicia a sucção. Durante o processo, a saliva do mosquito é injetada na pele, causando coceira, vermelhidão e inchaço - uma reação do sistema imunológico à saliva estranha.

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Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), o sangue é vital para a fêmea do mosquito, pois fornece as proteínas essenciais para a produção dos ovos. Durante a alimentação, ela pode ingerir até três vezes o seu peso corporal em sangue.

A evolução favoreceu essa estratégia, já que o mosquito leva poucos minutos para se alimentar, tempo suficiente para sair antes que seja detectado e eliminado. Ainda que a quantidade sugada seja irrelevante para o ser humano, é o bastante para que a fêmea desenvolva centenas de ovos, alimentando a proliferação desses insetos no verão.

Mosquitos machos

Ao contrário das fêmeas, os mosquitos machos não se alimentam de sangue. Eles subsistem exclusivamente do néctar e de outros líquidos açucarados de plantas. Isso ocorre porque suas peças bucais não são adaptadas para perfurar a pele e sugar sangue. Além disso, a tentativa de se alimentar de sangue pode ser prejudicial para eles. Seu principal papel na natureza é localizar fêmeas para reprodução, permanecendo inofensivos para os humanos.

Jornalista pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Atualmente, é repórter multimídia no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Antes passou pela TV Alterosa. Escreve, em colaboração com a Itatiaia, nas editorias de entretenimento e variedades.