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Os seis comportamentos que aumentam a percepção de confiança

Linguagem corporal impacta mais que palavras na construção da credibilidade; veja quais atitudes ajudam a transmitir segurança e conquistar respeito no ambiente social e profissional

Segundo a revista Forbes, sinais não verbais têm um impacto mais de quatro vezes maior na impressão que causamos do que o conteúdo verbal

Em questão de segundos, uma pessoa pode formar uma impressão definitiva sobre outra - e o corpo fala mais alto do que as palavras, segundo a Ciência. Estudos indicam que a linguagem corporal representa de 65% a 90% da comunicação interpessoal, influenciando diretamente como alguém é percebido em termos de confiança, competência e empatia.

Segundo a revista Forbes, sinais não verbais têm um impacto mais de quatro vezes maior na impressão que causamos do que o conteúdo verbal. E o conceito de ‘thin-slicing’ - a capacidade de fazer avaliações rápidas com base em poucos segundos de observação - reforça que os primeiros instantes de interação são cruciais.

Confira os seis comportamentos não verbais que fortalecem a percepção de confiança:

1) Manter contato visual

O contato visual é considerado uma das ferramentas mais poderosas na interação humana. Para Michael Ellsberg, autor de The Power of Eye Contact (O Poder do Contato Visual), "é uma experiência compartilhada e essencial para estabelecer uma conexão autêntica”. Pesquisas mostram que olhar nos olhos transmite honestidade, competência e envolvimento emocional. Pupilas dilatadas, associadas a interesse genuíno, tendem a gerar respostas positivas e reforçar a receptividade.

2) Adotar uma postura firme

A postura influencia diretamente como a autoconfiança é percebida. Segundo a especialista em linguagem corporal Lillian Glass, “uma postura ereta com ombros para trás e cabeça erguida reflete controle e confiança”. Estudos liderados por Amy Cuddy demonstram que posturas expansivas não apenas mudam a percepção alheia, mas também afetam positivamente a autopercepção de poder e segurança.

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3) Usar gestos coerentes com a fala

O uso das mãos ao falar pode reforçar ou prejudicar a mensagem. Gestos ilustrativos, que acompanham a fala, ajudam a tornar o discurso mais claro e memorável. Movimentos abertos e coerentes com o conteúdo verbal são preferíveis a atitudes como apontar o dedo (percebido como agressivo) ou esconder as mãos nos bolsos (associado à insegurança).

4) Controlar as expressões faciais

Expressões faciais são um componente chave da linguagem corporal. Pesquisas indicam que “um sorriso genuíno - o chamado ‘sorriso de Duchenne’ - gera percepções de acessibilidade, sinceridade e maior confiança”. Expressar atenção e empatia por meio do rosto é fundamental especialmente em encontros iniciais.

5) Evitar gestos repetitivos ou ansiosos

Movimentos como bater o pé, mexer no cabelo ou tocar o rosto com frequência podem sinalizar nervosismo e insegurança. Para a psicóloga Arlin Cuncic, “reduzir esses gestos é fundamental para projetar uma imagem mais confiante”. Estudos apontam que menor agitação corporal está associada à percepção de maior autocontrole e foco.

6) Respeitar o espaço pessoal

A distância física adequada também comunica respeito e equilíbrio emocional. Em contextos profissionais, o ideal é manter entre 60 e 90 centímetros - cerca de um comprimento de braço. A ‘teoria da proxêmica’, desenvolvida por Edward Hall, afirma que o respeito ao espaço interpessoal melhora a percepção de cortesia e autoridade. Ao apresentar ideias, ocupar o espaço com postura firme e contato visual bem distribuído transmite segurança.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.