Elenco de Avatar 3 se frustra por falta de reconhecimento nas premiações

A terceira entrega da franquia de James Cameron chega cercada de expectativas e polêmicas. Atores reclamam falta de valorização

“Avatar: fogo e cinzas” estreou em dezembro

A estreia de Avatar: Fogo e Cinzas, a terceira entrega da franquia dirigida por James Cameron, chega aos cinemas cercada de expectativas e de um debate fora das telas: a ausência de reconhecimento às atuações da saga, especialmente nas premiações mais prestigiadas da indústria cinematográfica.

Desde sua estreia em 2009, Avatar se consolidou como um verdadeiro fenômeno global. As duas primeiras produções somam mais de US$ 5 bilhões em bilheteria, um feito que permitiu ao primeiro filme manter-se como o de maior arrecadação de todos os tempos, com uma receita mundial superior a US$ 2,9 bilhões.

A saga foi reconhecida especialmente em categorias técnicas das principais premiações. Apesar de os dois primeiros filmes terem concorrido a Melhor Filme no Oscar, nunca conquistaram estatuetas nas categorias de atuação.

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Frustração dos atores

Durante a turnê promocional em Paris, o elenco de Avatar: Fogo e Cinzas manifestou seu desconcerto e desânimo diante da pouca valorização de seu trabalho interpretativo. A atriz Oona Chaplin expressou: “É uma pena!”, referindo-se à ausência de prêmios destinados à atuação, segundo declarações reunidas pelo SensaCine.

Para Zoe Saldaña, que está na saga desde o primeiro filme, ainda predomina uma visão tradicional sobre a atuação, o que dificulta um reconhecimento mais amplo das novas formas de interpretação. “Existe uma compreensão profunda de que é difícil romper com velhos hábitos. E, uma vez que você se acostuma a ver a arte e o cinema de uma certa maneira, torna-se muito difícil enxergar uma forma diferente e entender que é essencialmente a mesma coisa”, afirmou.

A tecnologia de captura de movimento, característica fundamental na saga, foi apontada pelos protagonistas como uma das principais responsáveis pela falta de prêmios nas categorias de atuação. Os atores consideram que, embora a indústria cinematográfica comece a apreciar o valor dessas interpretações, o processo de transformação é mais lento do que o esperado.

Pablo Paixão é estudante de jornalismo na UFMG e estagiário de jornalismo da Itatiaia

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