Anualmente, na primeira semana de
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Essa mutação surgiu há cerca de 50 mil anos e é mais comum em regiões do norte da Europa, como Irlanda e Escócia, onde chega a 10% da população. Além do cabelo, a mutação aumenta a produção de feomelanina (pigmento avermelhado) e reduz a eumelanina (pigmento escuro). Por isso, ruivos geralmente têm pele clara, sardas e maior chance de olhos claros.
A pele clara, segundo cientistas da University College London, ajudou populações antigas a produzir vitamina D em locais com pouca luz solar, mas trouxe também maior sensibilidade ao sol. A Universidade de Valência explica: “a pele clara sintetiza vitamina D com maior facilidade, mas tem menor defesa ante a radiação ultravioleta, o que constitui um exemplo prático de compromisso evolutivo”.
Riscos à saúde e sensibilidade a dor
Estudos apontam que pessoas ruivas são mais vulneráveis a queimaduras solares e têm maior risco de câncer de pele, incluindo melanoma. O Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC), da Espanha, e a revista científica Nature Communications destacam que “o risco de desenvolvimento de melanoma (tipo de câncer) se incrementa em pacientes com mutações do gene MC1R, embora não tenham recebido altas doses de exposição solar”.
Pesquisas da Universidade de Louisville-EUA mostraram ainda que ruivos têm mais sensibilidade à dor, precisando até 20% mais anestesia em cirurgias comuns. Já a Universidade de Kentucky-EUA observou maior prevalência de endometriose entre mulheres ruivas, embora as causas ainda estejam em estudo.
Entre os famosos ruivos, estão a atriz brasileira Marina Ruy Barbosa, a americana Julianne Moore (Clarice Starling, de O Silêncio dos Inocentes), o cantor britânico Ed Sheeran, e o ator, também britânico, Rupert Grint (Ron Weasley, de Harry Potter).