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Altman explicou que, embora sistemas como o ChatGPT possam parecer inteligentes ou até “vivos”, na prática não têm consciência nem autonomia. “Os sistemas de IA não fazem nada a menos que seja pedido”, afirmou o CEO, reforçando que a sensação de vida é apenas uma ilusão.
Ele contou que o treinamento dos modelos envolve consultas a filósofos e especialistas em ética, mas que, mesmo assim, “ao final temos que tomar algumas decisões”. Segundo ele, a empresa busca equilibrar a liberdade dos usuários com a proteção da sociedade, especialmente em temas sensíveis, como armas biológicas.
Morte de ex-funcionário da OpenAI
A entrevista ficou mais tensa quando Tucker Carlson citou a morte de Suchir Balaji, em novembro de 2024, classificada pela polícia como suicídio. A mãe do pesquisador, porém, afirma que ele foi assassinado “por ordem” de Altman. O executivo se disse consternado e rejeitou as acusações: “Foi como um amigo para mim... me parece um suicídio”. Ele acrescentou que tentou falar com a família, mas foi rejeitado.
Carlson insistiu sobre supostos sinais de luta entre os dois, mas Altman respondeu: “Não tenho feito muitas entrevistas em que me acusaram disso”. O apresentador retrucou que apenas repetia o que a mãe da vítima dizia.
Privacidade e empregos
Sobre privacidade, Altman defendeu a criação de um “privilégio da IA”, parecido com o sigilo médico ou jurídico, para proteger as conversas dos usuários. “Acho que deveríamos ter o mesmo conceito para a IA que temos com médicos ou advogados”, afirmou.
Quanto ao trabalho, reconheceu que áreas como atendimento ao cliente perderão vagas, mas ressaltou que profissões humanas, como a enfermagem, seguirão essenciais. “Haverá novas categorias de trabalho que hoje não podemos imaginar”, destacou.
Relação com Elon Musk
Altman também comentou sua relação com Elon Musk, cofundador da OpenAI e hoje concorrente. O CEO disse que admirava Musk, mas que ele saiu da empresa por acreditar que o projeto não daria certo. Desde então, a disputa se intensificou.
Por fim, alertou para os riscos do poder concentrado da IA, como a manipulação social e os efeitos imprevistos. Ele defendeu transparência e regulação adequada. Confessou ainda que, desde o lançamento do ChatGPT, não conseguiu mais descansar.