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Segundo os pesquisadores, até agora acreditava-se que essa influência acontecia apenas por rotas indiretas, como o sistema imunológico ou a circulação sanguínea. Agora, foi comprovado que o contato físico entre bactérias e células nervosas pode alterar a atividade elétrica e genética dos neurônios.
O experimento foi realizado em laboratório com um “minicérebro” criado a partir de células de ratos. Os cientistas aplicaram a bactéria Lactiplantibacillus plantarum, comum no intestino humano e presente em alimentos como iogurte, e observaram mudanças imediatas no funcionamento das células nervosas.
De acordo com o pesquisador Juan Lombardo Hernández, "é fascinante pensar que neurônios e bactérias, embora pertençam a reinos biológicos distintos, poderiam compartilhar um código bioelétrico comum”. Esse achado abre novas possibilidades para compreender e tratar doenças neurológicas.
Os especialistas acreditam que o estudo inaugura uma nova era na medicina, em que bactérias poderão ser usadas para desenvolver terapias inovadoras voltadas não só para a saúde digestiva, mas também para o sistema nervoso e imunológico.