Água de erva doce todos os dias: veja benefícios reais, como preparar e quanto consumir

Bebida simples feita com sementes de funcho ajuda na digestão, no metabolismo e no bem-estar quando usada com moderação

A chamada água de erva doce, conhecida em alguns países como ‘saunf water’, é preparada ao deixar sementes de funcho de molho em água por algumas horas ou durante a noite. De acordo com o site de notícias Times of India, o que antes era um costume caseiro passou a despertar interesse também do ponto de vista nutricional.

A bebida tem sabor suave e libera aos poucos compostos naturais das sementes. Por isso, é considerada uma infusão leve, diferente de pós ou extratos concentrados. O principal efeito está na hidratação aliada a pequenas mudanças graduais no funcionamento do corpo, especialmente na digestão, no metabolismo e no equilíbrio de líquidos.

Benefícios associados ao consumo diário da água de erva doce

Estudos sobre o funcho, nome científico Foeniculum vulgare, indicam que seus compostos bioativos podem atuar de forma discreta, mas contínua, no organismo. Os efeitos não costumam ser imediatos e tendem a aparecer com o uso regular.

Entre os principais benefícios observados estão o conforto digestivo, a melhora do aproveitamento dos nutrientes, o apoio ao equilíbrio hormonal e a sensação de frescor na boca.

Ajuda no funcionamento do intestino

O benefício mais conhecido da água de erva doce está relacionado à digestão. As sementes contêm óleos essenciais como anetol e fenchona, que atuam na musculatura do sistema gastrointestinal. Essas substâncias têm ação carminativa e antiespasmódica, ajudando a reduzir gases e desconfortos abdominais.

Como a liberação desses compostos na água é gradual e diluída, a bebida pode ser consumida diariamente sem provocar estímulos excessivos.

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Entre os efeitos mais comuns estão o relaxamento do intestino, a redução do inchaço, o estímulo ao movimento intestinal regular e a melhora da hidratação, fator importante para a formação de fezes saudáveis.

Contribui para o metabolismo e a absorção de nutrientes

O consumo regular da infusão também pode favorecer o metabolismo. Compostos presentes no funcho estimulam secreções gástricas e o fluxo da bile, facilitando a digestão de carboidratos e gorduras.

Esse processo não acelera o metabolismo de forma artificial, mas ajuda o corpo a utilizar a energia de maneira mais equilibrada ao longo do dia. Além disso, os flavonoides presentes nas sementes têm ação antioxidante, o que contribui para reduzir o estresse oxidativo.

Com isso, há melhor absorção de vitaminas e minerais no intestino delgado e menor sobrecarga do sistema digestivo.

Apoio ao equilíbrio hormonal e a regulação de líquidos

O funcho contém fitoestrógenos, compostos naturais que interagem de forma suave com os hormônios. Na forma diluída da água de erva doce, essa ação tende a ser leve, sem efeitos intensos.

Tradicionalmente, a bebida é associada à redução da retenção de líquidos e ao alívio de desconfortos leves relacionados ao ciclo menstrual. A infusão também tem efeito diurético moderado, ajudando o funcionamento dos rins e a eliminação do excesso de líquidos, sem causar desequilíbrio de eletrólitos.

Favorece a saúde bucal e o hálito fresco

Outro efeito pouco conhecido está ligado à saúde da boca. As sementes de erva doce possuem compostos com leve ação antimicrobiana, que ajudam a reduzir bactérias associadas ao mau hálito e à formação de placa.

Beber a água estimula a produção de saliva, essencial para manter o pH da boca equilibrado e proteger o esmalte dos dentes. Os efeitos são discretos, mas complementam a higiene bucal diária.

Como consumir a água de erva doce no dia a dia

Os benefícios da bebida dependem tanto do preparo quanto da forma de consumo. A recomendação é manter simplicidade e moderação para permitir que os efeitos apareçam ao longo do tempo.

O preparo mais comum consiste em usar uma ou duas colheres de chá de sementes de erva doce em um copo de água. As sementes devem ficar de molho durante a noite. Pela manhã, basta coar e beber a água em jejum, de preferência em temperatura ambiente.

O ideal é limitar o consumo a um ou dois copos por dia.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação Duo, FBK, Gira e Viver.

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