Em alguns períodos do ano, o
A condição, associada à menor exposição à luz solar e a mudanças no ambiente, afeta não só quem apresenta os sintomas, mas também a dinâmica da relação. O resultado costuma ser mais mal-entendidos e afastamento justamente quando o apoio mútuo é mais necessário. Especialistas afirmam que pequenos gestos e rotinas compartilhadas fazem diferença para manter a proximidade.
Segundo a terapeuta de relacionamentos Sofie Roos, em entrevista ao site Hello, o TAE costuma provocar perda de energia e motivação. Tarefas simples passam a exigir esforço, o que impacta o dia a dia do casal. Em muitos casos, um parceiro mantém a rotina normal de trabalho e vida social, enquanto o outro se recolhe, toma menos iniciativa e prefere descansar.
Esse desequilíbrio favorece frustrações e uma sensação de distanciamento que pode continuar mesmo após o fim do período com menos luz. Entre os sintomas mais comuns estão alterações no sono e na alimentação, queda do desejo sexual e maior irritabilidade. No campo emocional, há menos vontade de passar tempo juntos, pensamentos negativos e sensação de abatimento.
O impacto também é físico. Cansaço constante, sono pouco reparador e hábitos alimentares irregulares dificultam a comunicação diária e a intimidade, o que pode aumentar a tensão no relacionamento.
O distanciamento tende a se agravar quando o casal não conversa sobre os efeitos do transtorno afetivo sazonal. Se um dos parceiros reduz o ritmo enquanto o outro segue com a rotina habitual, surgem incompreensões e mudanças de limites sem diálogo.
Para evitar conflitos, a orientação é antecipar esses períodos com uma conversa franca e definir expectativas realistas. Planejar rotinas simples, como horários de sono, alimentação equilibrada e exercícios, além de combinar atividades possíveis para ambos, ajuda a preservar a conexão mesmo quando a disposição diminui.
Apoiar quem vive com TAE exige empatia e paciência. Especialistas recomendam não levar mudanças de humor para o lado pessoal, perguntar sobre necessidades e compartilhar hábitos saudáveis como forma de fortalecer o vínculo.
Há também estratégias que podem aliviar os sintomas, como suplementação de vitamina D, prática regular de atividade física e, quando necessário, busca por ajuda profissional. Manter uma comunicação clara sobre limites e necessidades individuais é fundamental para que o cuidado seja uma responsabilidade dividida.