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O contato com a planta provoca uma dor descrita por vítimas como “semelhante a ser queimado com ácido quente e eletrocutado ao mesmo tempo”. O pior é que o sofrimento não passa rápido: a dor pode durar dias, semanas e, em alguns casos, até meses. Isso ocorre porque os tricomas permanecem na pele e a toxina, chamada gympietide, continua ativa - podendo ser reativada por água, calor ou até mesmo um simples toque.
Segundo a professora Irina Vetter, da Universidade de Queensland, “as toxinas da planta, chamadas gympie tides, atingem os mesmos receptores de dor que o veneno de aranhas e caramujos-cone”, o que a torna “unicamente venenosa para uma planta”.
Relatos ao longo da história confirmam os efeitos devastadores do contato com a Gympie-Gympie. Durante a Segunda Guerra Mundial, um soldado australiano teria enlouquecido após ser atingido pela planta. Em outro caso extremo, um homem tirou a própria vida depois de usá-la como papel higiênico, incapaz de suportar a dor.
Em 2022, o entusiasta de plantas Daniel Emlyn-Jones cultivou a espécie em casa, sob rígido controle, com o objetivo de alertar sobre seus perigos. “As pessoas podem achar que é uma piada, mas não é", afirmou à BBC.
No ano seguinte, a Gympie-Gympie passou a integrar o Jardim do Veneno, no Alnwick Garden, na Inglaterra, onde é mantida atrás de vidro para garantir a segurança dos visitantes, segundo o jornal Daily Mail.