Advogado é condenado por intermediar conversas sobre tráfico de drogas durante visitas ao presídio de Varginha

Outros dois réus do mesmo inquérito também foram condenados

Profissional foi investigado após visitas jurídicas ao presídio

O Ministério Público de Minas Gerais, por meio do GAECO e Promotoria de Justiça de Varginha, divulgou nesta quinta-feira, 27 de novembro, que obteve a condenação de 3 réus da operação Áquila, deflagrada em 2022, para investigar associação criminosa agindo em Varginha.

Em novas sentenças, dois réus foram condenados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e disparo de arma de fogo; e o réu Fábio Gama Leite, advogado, foi condenado a dois anos de reclusão, por colaborar, como informante, com associação para o tráfico de drogas, durante visitas jurídicas ao presídio de Varginha. Esta colaboração permitiu ao cliente dele manter o tráfico de drogas mesmo após a prisão. A decisão ainda cabe recurso.

A Operação Áquila teve o objetivo de desarticular associação criminosa atuante em Varginha e região, com ligações com a facção PCC, e a investigação mostrou que o tráfico de drogas era comandado de dentro de unidades prisionais.

Em uma ocasião, um denunciado fez disparos de revólver em frente à casa de um desafeto, atingindo o cachorro da família.

As apurações mostraram que o advogado usava a profissão e o acesso ao presídio para intermediar ordens entre os envolvidos na investigação. Ele já foi condenado em duas sentenças como participante de corrupção no sistema prisional.

Estela Torres é jornalista pela Universidade de Alfenas e pós graduada em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário do Sul de Minas. Está na Itatiaia Sul de Minas desde a instalação da emissora em Varginha, em 2009, atuando como produtora, repórter e apresentadora .

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