A Defesa Civil de Belo Horizonte emitiu uma mensagem de alerta orientando toda a população — a partir de 6 meses de idade —
Com a chegada do tempo seco e das
De acordo com a pneumologista pediátrica Laís Nicoliello, diretora científica da Sociedade Mineira de Pediatria, estamos no período de sazonalidade das
Para os pais, é essencial saber identificar os sinais de alerta. “Uma criança que frequenta escola pode ter em torno de 8 a 10 resfriados por ano. Então é comum elas apresentarem quadro de febre. Entretanto, se apresentarem sinais de alarme como febre que se prolonga por mais de 3 dias ou febre alta que não cede com a medicação, uma febre alta persistente”, explica a médica. Outros sinais graves incluem “desconforto para respirar, quando a gente tem a barriguinha que fica subindo e descendo, quando a gente tem uma retração aqui perto do pescoço, a criança fica com dificuldade para respirar, falta de ar, para de fazer xixi, apresenta manchas no corpo ou apresenta crise convulsiva”, completa. Nestes casos, a orientação é buscar atendimento médico imediatamente.
A médica reforça que “os extremos de idade, crianças pequenas e idosos, representam um grupo de risco, tanto para as doenças respiratórias, quanto para as suas formas mais graves”. Crianças menores de 5 anos, especialmente as com menos de 1 ano, estão entre as mais vulneráveis.
Vacinação
Além do atendimento especializado para síndromes gripais, os centros de saúde de Belo Horizonte
Laís reforça: “A prevenção é o melhor remédio. É importante a orientação quanto à lavagem correta das mãos. Evitar aglomerações, shopping, ônibus, shows, né? Tudo que é aglomerado de pessoas não é interessante, porque isso facilita a propagação dos vírus respiratórios e lembrar a importância da necessidade de manter o cartão vacinal atualizado”.
Ela também alerta sobre a queda nas coberturas vacinais no Brasil nos últimos anos. “Isso faz com que a gente tenha maior circulação desses vírus e promovendo uma maior circulação deles e adoecimento da população.” Atitudes simples, como boa higiene das mãos, atividades ao ar livre e o uso de máscaras por quem está gripado, também são medidas eficazes.
Quando retornar à escola?
Sobre o retorno à escola, a médica recomenda cautela. “Crianças que apresentam sintomas gripais não devem voltar à escola, principalmente para não transmitir para os demais colegas”. A recomendação é de que o retorno aconteça apenas após o paciente estar afebril e e com ao menos três dias desde o início dos sintomas, sempre com avaliação médica.
Circulação viral e aumento de casos graves
O infectologista Adelino Melo Freire, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, confirma o aumento no número de casos em 2025. “O que nós temos visto é um número maior de pessoas adoecendo, em função da maior circulação viral. Com isso o número de casos graves também tende a ser maior.”
Para ele, a
Além da vacinação, ele destaca medidas preventivas indispensáveis: “Higienizar as mãos, usar máscaras em situações de maior risco de transmissão, buscar atendimento na presença de sintomas e evitar circular enquanto estiver doente, para não contribuir para a transmissão do vírus.”
* Sob supervisão de Rômulo Ávila