Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, indica que o consumo de álcool - em qualquer quantidade - pode provocar envelhecimento precoce do cérebro, mesmo entre adultos jovens. Os resultados, publicados no periódico Alcohol: Clinical & Experimental Research, mostraram que até pequenas quantidades de bebida alcoólica são suficientes para afetar a cognição.
A novidade do trabalho está na aplicação de uma
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A IA cruzou dados de desempenho, idade cronológica e histórico de consumo de álcool, revelando uma associação direta entre maior ingestão de bebida e aumento na idade estimada do cérebro. Os participantes que relataram maior frequência no uso do álcool apresentaram mais erros nos testes cognitivos, sinalizando um possível comprometimento precoce das funções cerebrais.
Abusos
Embora os efeitos do abuso de álcool sobre o cérebro já sejam conhecidos, esta é a primeira vez que um estudo demonstra impactos detectáveis em adultos jovens e com hábitos considerados moderados de consumo. O neurologista Ivan Okamoto, do Hospital Israelita Albert Einstein, reforça que o álcool é neurotóxico e pode levar à morte de milhares de neurônios a cada episódio de consumo excessivo. “A longo prazo, o cérebro atrofia, o que pode resultar em um quadro irreversível de demência alcoólica”, alerta.
A pesquisa corrobora a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que afirma não haver nível seguro de ingestão alcoólica.
Segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, o consumo moderado é definido como até duas doses diárias para homens e uma para mulheres. No entanto, fatores como frequência, quantidade e sensibilidade individual influenciam diretamente nos efeitos da bebida.
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