Cercado de mitos, o câncer é uma das doenças mais temidas na atualidade. E um dos agravantes, é que com era digital, cada vez mais, as pessoas têm acesso a informações alarmistas e falsas sobre a condição. Para auxiliar na conscientização sobre o assunto, oncologista clínica, professora da faculdade medicina Ciências médicas de Minas Gerais, Mariana Cunha esclarece quais são os principais sintomas do câncer.
Apesar de muitos acreditarem que há um sintoma específico que indica o aparecimento da doença, a oncologista aponta que os primeiros indícios variam conforme o tipo e a localização do tumor, embora existam sinais que podem servir de alerta. São eles:
- Perda de peso inexplicável;
- Fadiga persistente;
- Dor sem causa aparente;
- Febre recorrente;
- Alterações na pele;
- Feridas que não cicatrizam;
- Manchas escuras ou amareladas;
- Mudanças em pintas;
- Nódulos ou secreções presentes nas mamas.
“As pessoas devem ficar atentas a sintomas persistentes ou progressivos, como sangramentos anormais (nas fezes, pela vagina, urina ou escarro), tosse, rouquidão ou falta de ar, caroços ou inchaços sem motivo aparente em qualquer parte do corpo e mudanças no hábito intestinal ou urinário. A detecção precoce é fundamental para o sucesso do tratamento, por isso qualquer sinal incomum que persista por semanas deve ser avaliado por um médico”, detalha a oncologista.
Existem cânceres mais perigosos que outros?
Marina aponta que sim, existem tipos de câncer que são mais mortais que outros. Ela também aponta que, muitas vezes, a evolução ao óbito está relacionada ao diagnóstico tardio, à agressividade do tumor e à falta de tratamentos eficazes.
Entre os cânceres mais perigosos, a médica aponta:
- Câncer de pulmão: é que mais mata globalmente, muitas vezes diagnosticado em estágios avançados.
- Câncer de pâncreas: tem uma taxa de sobrevida muito baixa, pois cresce silenciosamente e costuma ser descoberto tardiamente.
- Câncer de fígado: associado a infecções crônicas por hepatite B e C, apresenta alta letalidade devido à sua rápida progressão.
“A detecção precoce e o acesso a tratamentos assertivos, onco-direcionados são fundamentais para melhorar a sobrevida nesses casos”, finaliza Mariana Cunha.
