Um estudo feito por pesquisadores de uma Universidade em Londres e publicado pela revista The Lancet identificou e explicou as razões pelas quais as pessoas gripam com frequência. De acordo com Michele Andreata, médica pneumologista e paliativista da Saúde no Lar, as razões incluem fatores climáticos e ambientais que impactam a imunidade e favorecem a proliferação viral, especialmente dos vírus respiratórios.
“A pesquisa observa que temperaturas frias, baixa umidade e mudanças rápidas de temperatura promovem o ressecamento das mucosas e o enfraquecimento das defesas locais das vias aéreas, facilitando a sobrevivência e a transmissão dos vírus. Além disso, o aumento da circulação viral em locais fechados e de grande aglomeração, comuns nos meses frios, aumenta as chances de contágio”, detalha.
Leia também: Anvisa atualiza composição de vacinas contra gripe para 2025; saiba o que mudou
A pneumologista explica que, de acordo com o estudo, além dos fatores climáticos, outros fatores podem afetar a imunidade e aumentar ainda mais as chances de as pessoas ficarem gripadas com maior frequência. “Outros fatores importantes incluem o estresse, a privação de sono e a alimentação pobre em nutrientes essenciais.
Condições de saúde pré-existentes, como doenças crônicas, também estão associadas a uma resposta imune comprometida, deixando o organismo mais suscetível a infecções virais. A falta de práticas de higiene e a exposição frequente a ambientes com aglomerações favorecem o contato com o vírus e, consequentemente, as infecções”.
Alguns sintomas gripais podem persistir por mais tempo mesmo com tratamento, segundo os pesquisadores. “Embora os sintomas gripais, como congestão nasal, tosse, dor de cabeça e fadiga, geralmente durem de cinco a dez dias, em algumas pessoas, a fadiga, a tosse e a congestão nasal podem persistir por semanas. Esse fenômeno de sintomas prolongados ocorre com maior frequência em pacientes com imunidade baixa ou outras condições que retardam a recuperação, segundo a especialista”, alerta médica pneumologista e paliativista da Saúde no Lar, Michele Andreata.
Prevenção
As principais medidas preventivas incluem:
- Vacinação anual contra o vírus da gripe e COVID, que reduz a gravidade e a frequência de infecções.
- Práticas rigorosas de higiene, como lavar as mãos regularmente e evitar tocar o rosto.
- Evitar aglomerações em períodos de alta circulação viral.
- Manter uma alimentação equilibrada, sono adequado e níveis de estresse controlados, todos essenciais para a saúde imunológica.
- Utilizar máscaras e ventilar bem os ambientes em locais fechados, especialmente durante a temporada de gripe