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Falta de atividade física, tempo de tela e alimentação ruim aumentam doenças crônicas em adolescentes

Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030 o Brasil deve ficar entre os cinco países com mais crianças e adolescentes com obesidade no mundo

A obesidade é uma das doenças que vem aumentando entre os adolescentes

A falta de exercícios físicos que atinge 71% dos jovens brasileiros com idades entre 16 e 17 anos é o principal fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis. Os dados divulgados nesta semana são de uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e revelam ainda que mais de 81% dos adolescentes brasileiros têm dois ou mais fatores de risco para doenças crônicas como, por exemplo, a obesidade e o diabetes.

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Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2030 o Brasil deve ficar entre os cinco países com mais crianças e adolescentes com obesidade no mundo. De acordo como o Atlas da Obesidade, publicado pela Federação Mundial da Obesidade neste ano, até 2035 o Brasil deverá ter metade das crianças com sobrepeso. Neste ano, 30% da população infantil está acima do peso ideal.

De acordo com o estudo da UFMG, a incidência é maior entre jovens que vivem na região sudeste do Brasil, da qual Minas Gerais faz parte. Alana Gomes da Silva, enfermeira responsável pela pesquisa, detalha que o comportamento, hábitos alimentares, e o modo de vida são determinantes para o desenvolvimento de doenças crônicas. “Esse grupo vem apresentando o acúmulo, porque foi dado da pesquisa, de dois ou mais fatores de risco, o que é de extrema preocupação porque a tendência desses fatores de risco é se acumulando ao longo da vida, até chegar à vida adulta. Então, quanto mais fator de risco, mais chances de desenvolver essas doenças”.

A pesquisadora destaca os principais fatores de risco para doenças crônicas, todos relacionados ao comportamento dos adolescentes: sedentarismo, baixo consumo de frutas e vegetais, consumo frequente de alimentos ultraprocessados e com alto teor de açúcar, uso de bebidas alcoólicas, além de refrigerantes e cigarros.

“A gente espera que as crianças e os adolescentes sejam mais ativos fisicamente, com as brincadeiras, em casa, na rua, na escola. E vimos o contrário, que a inatividade física está maior e eles têm esse comportamento sedentário, que é justamente esse tempo na frente das telas. Tempo de tela é prejudicial para várias outras questões na saúde também, inclusive saúde mental e, a falta de atividade física, um grande fator de risco para essas doenças crônicas”, alerta a enfermeira Alana Gomes da Silva, responsável pela pesquisa.


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Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.