Já ouviu falar que o vinho faz bem para o coração? Segundo especialistas, o consumo da bebida pode trazer benefícios e prevenir doenças cardiovasculares. Mas há uma quantidade que deve ser respeitada.
O efeito de doses pequenas de álcool contribui para a elevação do colesterol HDL — o colesterol bom. Além disso, os flavonoides, substâncias encontradas no vinho tinto e no suco de uva, são positivos para a saúde, com efeitos vasodilatadores, antioxidantes e antiagregantes plaquetários.
‘Esses efeitos somados podem proteger o coração especialmente da doença aterosclerótica, que é a responsável pelo entupimento das artérias que leva ao infarto', explica o médico Caio Ribeiro, coordenador da Cardiologia do Hospital Vila da Serra, do grupo Oncoclinicas Belo Horizonte.
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Apesar dos potenciais benefícios, o especialista explica que é necessária muita atenção ao consumo diário do vinho, assim como qualquer bebida alcoólica.
‘Existem também efeitos deletérios, tanto na saúde cardiovascular, aumentando o risco de hipertensão, por exemplo, quanto em outros sistemas: doenças relacionadas ao fígado, saúde mental e alguns tipos de câncer’, ressalta o cardiologista.
Qual a dose recomendada?
Para aproveitar os benefícios, a ingestão leve, de uma a duas taças de vinho, seria a dose considerada segura. ‘Quando se ultrapassa essa dose, os efeitos maléficos aumentam muito e suprimem qualquer potencial benefício’, afirma o especialista.
Em altas doses, o uso de qualquer tipo de bebida alcoólica é prejudicial. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a partir de 20g de álcool, equivalente a 2 taças de vinho ou uma dose de um destilado, já há um maior risco para saúde.
‘Existem algumas condições, inclusive ligadas ao coração, nas quais o uso de qualquer tipo de bebida alcoólica deve ser evitada, como os quadros de insuficiência cardíaca, arritmias e hipertensão descontroladas’, ressalta Ribeiro.
Além disso, pacientes com doença renal, doença hepática, algumas doenças neurológicas e pacientes com histórico de etilismo têm contraindicação ao consumo de álcool, mesmo nas doses consideradas mais seguras.
*Sob supervisão de Marina Dias