Dois diretores do presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Grande BH,
As drogas em questão, nessa suspeita, são as drogas k, canabinoides sintéticos chamados de
O fentanil é um medicamento da classe dos opioides, que são altamente viciantes e, por isso, só podem ser usados de forma restrita e sob supervisão médica. Sua potência é 100 vezes maior que a da morfina e efeitos 50 vezes mais fortes que os da heroína.
Esse remédio é usado para sedação em procedimentos cirúrgicos e para tratamento de dores intensas. Durante a pandemia, foi usado de forma mais ampla, devido à quantidade de pacientes.
O fármaco tem sido usado de forma recreativa e já se tornou um problema de saúde pública nos EUA, onde já é a principal causa de morte de pessoas com menos de 50 anos, segundo o Drug Enforcement Admnistration (DEA).
Parte das mortes acontece por overdose acidental, já que a substância pode ser usada junto a outras na produção de drogas. Além disso, doses baixas do fentanil podem ser fatais.
No Brasil, a suspeita também é de que o fentanil esteja sendo misturado a outras substâncias ilícitas, segundo o professor José Luiz da Costa, coordenador do Centro de Informação e Assistência Toxicológica da Unicamp, explicou à Folha de S. Paulo. De acordo com ele, as pessoas que chegam ao centro confirmam o uso de drogas, mas não dessa.
A hipótese do especialista é de essa combinação tenha como objetivo aumentar a dependência, já que o vício em opioides é um dos mais difíceis de se superar. A polícia já encontrou fentanil, por exemplo, misturado em canabinoides sintéticos, como o k2, e em cocaína.