Pacientes que tiveram dengue após a primeira dose da vacina, o Ministério da Saúde recomenda esperar 30 dias após a completa recuperação da doença para tomar a segunda dose.
A continuidade do esquema vacinal, mesmo após o diagnóstico da dengue entre as doses, é importante para assegurar a proteção completa. Interrupções no esquema vacinal podem comprometer a eficácia da vacinação.
A imunização consiste em duas doses, aplicadas com um intervalo de 3 meses, sendo recomendada inclusive para quem teve dengue recentemente.
Atualmente, a Qdenga é a única vacina aprovada para uso amplo contra a dengue no Brasil. A imunização não inclui cobertura para Zika e Chikungunya - que também são transmitidos pelo mosquito Aedes Aegypti.
Quem já teve dengue, deve se vacinar
O Ministério da Saúde indica que, quem já teve dengue, deve ser vacinado, pois faz parte do grupo de risco da doença.
Pacientes que já foram infectados pelo vírus da dengue tendem a desenvolver uma resposta imune mais robusta após receberem a vacina, apontam especialistas.
Isso significa que o sistema imunológico pode reagir de maneira mais eficaz à vacina, proporcionando uma proteção mais sólida contra futuras infecções.
Pacientes que já tiveram dengue são considerados grupo risco, porque uma segunda infecção por um sorotipo diferente pode aumentar a probabilidade de desenvovler a dengue grave.
No entanto, para quem apresentou a infecção recentemente, a orientação é aguardar 6 meses para receber a primeira dose do imunizante, segundo a Anvisa.
A vacina Qdenga é tetravalente, o que significa que oferece proteção contra os quatro sorotipos da dengue.
No entanto, se a pessoa receber a vacina muito rapidamente após uma infecção, a resposta imune desencadeada pela infecção natural pode interferir na eficácia da imunização, especialmente para os sorotipos diferentes do original gerado pelo organismo.
Infecção entre doses
Já quem for diagnosticado com dengue no intervalo entre as duas doses, deve manter o esquema vacinal, desde que o prazo não seja inferior a 30 dias em relação ao início dos sintomas.
O período de 30 dias é estabelecido para garantir que o paciente tenha tempo suficiente para se recuperar da infecção aguda antes de receber a próxima dose da vacina.
A fase aguda da dengue pode envolver uma resposta imune intensa e sintomas graves.
Aguardar pelo menos 30 dias após o início dos sintomas permite que o corpo se recupere e reduz o risco de interferência na resposta imune à vacina.
Qdenga
A
A eficácia da Qdenga foi comprovada contra os sorotipos 1, 2 e 3 da dengue, com proteção geral de 84,1% contra hospitalizações por dengue.
O Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina no Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro de 2023. A vacinação é coordenada pelos governos estaduais e municipais.
A vacinação, que se concentra nos 521 municípios endêmicos para a dengue, começou neste mês de fevereiro no SUS p
A Qdenga é contraindicada nos seguintes casos:
- Muheres gestantes e lactantes;
- Indivíduos menores de 4 anos e com 60 anos e mais;
- Anafilaxia ou reação de hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer excipiente listado na seção “composição da vacina” ou à uma dose anterior dessa vacina;
- Indivíduos com imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo aqueles recebendo terapias imunossupressoras tais como quimioterapia ou altas doses de corticosteróides sistêmicos (p. ex., 20 mg/dia ou 2 mg/kg/dia de prednisona por duas semanas ou mais) dentro de quatro semanas anteriores à vacinação, assim como ocorre com outras vacinas vivas atenuadas;
- Indivíduos com infecção por HIV sintomática ou infecção por HIV assintomática quando acompanhada por evidência de função imunológica comprometida;
*Com informações da Agência Brasil
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