Para essa geração, consumir é como um processo de zigue-zague, moldado por conexões coletivas e pela força da comunidade.
Segundo pesquisa da Vogue Business, 51% dos jovens acreditam que influenciadores criam tendências, e muitos ainda preferem experimentar produtos em loja, mesmo após descobri-los nas redes sociais.
Tradução: não basta criar campanhas isoladas, é preciso orquestrar ecossistemas.
Moda como identidade e poder de compra
De acordo com o relatório da BoF Insights, a Gen Z representa cerca de 25% da população global e movimenta mais de US$ 360 bilhões em poder de compra apenas nos Estados Unidos.
Para essa geração, a
As tendências surgem de forma orgânica, ou seja, nascem de comunidades e não de passarelas. Dessa forma, as marcas precisam acompanhar esse fluxo, adaptando suas coleções ao estilo individual dos jovens, não o contrário.
Sustentabilidade, inclusão e revenda: novos valores em jogo
No Brasil, a tendência acaba seguindo a mesma linha. Um levantamento feito pela OLX mostra que 89% dos jovens da
Esses jovens também valorizam marcas que adotam práticas responsáveis e oferecem transparência em toda a cadeia de produção, desde os materiais utilizados até a logística reversa. A experiência omnicanal (mesclando loja física, redes sociais e e-commerce) é outro ponto decisivo para a fidelização.
Redes sociais e acessibilidade como gatilhos de compra
Influência Gen Z no consumo de moda: o que muda nas estratégias das marcas
De acordo com um estudo publicado na Multi Research Journal, as mídias sociais são o principal gatilho de compra entre os jovens, com destaque para a influência dos criadores e para a importância de marcas sustentáveis.
Além disso, o relatório ainda destaca a importância da acessibilidade de preço, um critério decisivo que determina a lealdade a uma marca.
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Estratégias que funcionam na era Gen Z
O consumo de moda entre os jovens vai além do produto, ou seja, trata-se de conexão, propósito e experiência. Para dialogar com essa geração, marcas precisam rever suas estratégias e adotar novos caminhos:
- Comunidade antes de campanha: co-criar com micro e nano creators, incentivar
UGC (conteúdo gerado por usuários) e manter a conversa ativa mesmo após a compra. - Conteúdo útil e transparente: ficha técnica, caimento real, comparativos e avaliações autênticas são decisivos na conversão.
- Integração total de canais: combinar experiência física tátil com descoberta digital e prova social nas redes.
- Sustentabilidade prática: incluir revenda, reparo, materiais rastreáveis e dados sobre impacto, e não apenas slogans.
A geração que redefine o consumo
A Gen Z não entra no funil tradicional de compra, ela circula por ele, redefine suas etapas e exige autenticidade em cada ponto de contato. As marcas que entendem essa lógica passam a construir comunidades, experiências e narrativas relevantes em torno de produtos que realmente fazem sentido na vida destes jovens.
Não se trata apenas de vender roupa, trata-se de vestir pertencimento.