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Dieta Low Carb e Cetogênica: o que você precisa saber antes de começar

Entenda benefícios, riscos e como essas dietas podem ajudar no emagrecimento

Dieta Low Carb e Cetogênica: o que você precisa saber antes de começar

Por que tanta gente fala em dieta low carb e cetogênica?

Dieta Low Carb e Cetogênica: o que você precisa saber antes de começar

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Nos últimos anos, a dieta low carb e a versão cetogênica se tornaram alguns dos assuntos mais comentados quando o tema é emagrecimento. Se antes essas estratégias eram restritas a grupos específicos, hoje viraram pauta recorrente em consultas médicas, academias e redes sociais. A popularidade cresceu porque muitas pessoas relatam resultados expressivos na balança em poucas semanas. Mas, apesar do sucesso, especialistas lembram que é importante entender como cada dieta funciona e quais cuidados são indispensáveis antes de adotar mudanças tão radicais no cardápio.

O que é a dieta low carb?

A dieta low carb propõe reduzir significativamente a quantidade de carboidratos ingeridos diariamente. Enquanto uma alimentação convencional pode incluir de 45% a 60% das calorias totais vindas dos carboidratos, o método low carb sugere limitar essa ingestão a cerca de 20% a 40%. O foco passa a ser proteínas magras, vegetais, leguminosas e gorduras boas, como azeite de oliva e castanhas. A ideia central é obrigar o organismo a usar estoques de gordura como fonte principal de energia, gerando emagrecimento mais rápido.

Como funciona a cetogênica?

A dieta cetogênica vai além da low carb tradicional. O consumo diário de carboidratos fica restrito, geralmente, a menos de 50 gramas — algo equivalente a apenas uma banana e uma fatia de pão integral. Quando isso acontece, o corpo entra em estado de cetose, em que passa a produzir cetonas para manter as funções vitais. Essas moléculas derivadas da gordura se tornam combustível prioritário, acelerando a queima de reservas. Por isso, muitos adeptos relatam redução expressiva de peso já nos primeiros meses.

Benefícios apontados por estudos científicos

Pesquisas indicam que tanto a dieta low carb quanto a cetogênica podem melhorar indicadores metabólicos, incluindo a redução de triglicerídeos, controle glicêmico e diminuição da gordura visceral. Alguns estudos também associam essas dietas à melhora da saciedade, já que proteínas e gorduras mantêm o estômago cheio por mais tempo. Essa sensação ajuda a reduzir episódios de compulsão alimentar e facilita a adesão ao novo estilo de vida.

Possíveis efeitos colaterais e riscos

Embora muitas pessoas se adaptem bem, é importante mencionar efeitos colaterais comuns no início. Dor de cabeça, fraqueza, constipação e irritabilidade fazem parte do chamado “carb flu”, um período de adaptação ao corte drástico de carboidratos. No longo prazo, a restrição exagerada pode levar à deficiência de nutrientes como vitaminas do complexo B, potássio e fibras. Além disso, quem tem problemas renais ou hepáticos precisa ter cuidado redobrado e acompanhamento profissional rigoroso.

Low carb e cetogênica são a mesma coisa?

Apesar de serem confundidas, as dietas têm diferenças importantes. A low carb é uma redução moderada de carboidratos, permitindo certa flexibilidade. Já a cetogênica requer restrição severa e monitoramento constante para manter o estado de cetose. Enquanto a primeira pode ser adaptada de forma mais tranquila ao cotidiano, a segunda exige planejamento detalhado e disciplina rígida. Entender essas nuances é essencial para escolher a abordagem mais compatível com seu estilo de vida.

O que comer em uma low carb bem feita

O cardápio low carb privilegia proteínas magras, como frango, peixe, ovos e cortes bovinos com menos gordura saturada. Verduras, folhas e legumes ficam no centro das refeições. Também entram na lista oleaginosas, abacate, azeite de oliva, coco e laticínios integrais com moderação. O consumo de frutas ocorre em porções controladas, priorizando aquelas com menos açúcar, como morangos e mirtilos. Já alimentos ultraprocessados e cereais refinados ficam fora do prato.

Como montar refeições cetogênicas

Na dieta cetogênica, a prioridade são alimentos ricos em gordura saudável, como abacate, azeite, manteiga ghee e cortes de carne com mais teor lipídico. Queijos amarelos, ovos, castanhas e sementes também aparecem com frequência. Os vegetais consumidos são, em geral, os de baixo amido, como couve-flor, abobrinha e espinafre. Por outro lado, grãos, leguminosas, tubérculos e frutas doces são praticamente eliminados. Essa seleção rigorosa é essencial para manter o corpo em cetose.

É possível emagrecer sem dietas restritivas?

Especialistas lembram que não existe solução única. Embora as dietas low carb e cetogênica sejam eficientes para algumas pessoas, outras podem se beneficiar mais de abordagens equilibradas. Reeducação alimentar com redução gradual de calorias e aumento da atividade física continua sendo recomendação básica para quem deseja perder peso com segurança. Além disso, qualquer plano precisa considerar histórico clínico, preferências alimentares e rotina.

Quem deve evitar essas dietas

Gestantes, lactantes, crianças, adolescentes e idosos devem adotar essas estratégias apenas com acompanhamento médico. Pessoas com doenças renais crônicas, histórico de transtornos alimentares ou distúrbios metabólicos graves também precisam de avaliação profissional. É fundamental lembrar que dietas restritivas podem gerar efeitos adversos importantes, principalmente se feitas sem supervisão.

O papel do acompanhamento profissional

Nutricionistas e médicos especializados em nutrologia ajudam a estruturar cardápios personalizados, corrigir deficiências nutricionais e monitorar indicadores clínicos. O apoio psicológico também pode fazer diferença, pois mudanças alimentares radicais muitas vezes afetam comportamento emocional. Procurar ajuda é sinal de autocuidado, não de fraqueza.

Dicas para iniciar com segurança

Antes de começar, faça exames laboratoriais e converse com um profissional de saúde. Planeje refeições com antecedência e crie uma lista de compras adequada. Mantenha-se bem hidratado, durma o suficiente e pratique atividade física moderada. Anotar progressos e dificuldades pode ajudar na motivação e no ajuste do plano. E, principalmente, respeite seu ritmo: emagrecimento saudável não é corrida de velocidade.

Profissional de Comunicação. Head de Marketing da Metalvest. Editor do Jornal Lagoa News. Líder da Agência de Notícias da Abrasel. Ex-atleta profissional de skate. Escreve sobre estilo de vida todos os dias na Itatiaia e na CNN Brasil.