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Motta diz que ‘adultização’ terá prioridade da Câmara: ‘Proteger a infância não é um favor, é um dever’

Presidente de Câmara também anuciou uma Comissão Geral e um grupo de trabalho para debater sobre o tema

Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB)

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (12) que o combate à chamada “adultização de crianças” — termo usado para se referir à exposição de menores nas redes sociais — será uma prioridade na Casa.

“Proteger a infância não é um favor, é um dever. Um dever que antecede partidos, ideologias e disputas. É um dever que antecede a própria política. Se nós, como sociedade, não formos capazes de garantir que cada criança viva cada fase da vida com dignidade e respeito, para que serve a Câmara dos Deputados? Para que serve o Congresso Nacional?”, declarou Motta.

Como antecipado pela Rádio Itatiaia, o presidente anunciou que, na próxima quarta-feira (19), a Câmara realizará uma Comissão Geral no plenário para debater propostas relacionadas à proteção de crianças e adolescentes nas redes sociais.

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Motta também anunciou que será criado um Grupo de Trabalho (GT) para aprofundar a discussão sobre o tema.

A Comissão Geral é uma sessão especial em que o plenário interrompe os trabalhos ordinários para discutir assuntos relevantes, permitindo a participação de representantes da sociedade civil.

Já o GT é um grupo temporário, composto por membros de diferentes partidos e comissões, criado para analisar e propor soluções sobre temas específicos.

‘Sem palavras’

Durante seu discurso no plenário, Motta afirmou ter ficado “sem palavras” ao assistir ao vídeo do influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, que expôs casos de “adultização” de crianças e adolescentes em redes sociais.

“Crianças expostas a conteúdos eróticos, crianças usadas, crianças abusadas. Eu sou pai de duas crianças e, ao ver aquelas imagens, minha primeira reação não foi política, foi humana”, afirmou.

O presidente reforçou que existem matérias “urgentes” e outras “mais que urgentes”. “São inadiáveis, incontornáveis, obrigações morais de qualquer civilização que se pretenda digna desse nome”, completou.

Repórter de política em Brasília, com foco na cobertura dos Três Poderes. É formado em Jornalismo pela Universidade de Brasília (UnB) e atuou por três anos na CNN Brasil, onde integrou a equipe de cobertura política na capital federal. Foi finalista do Prêmio de Jornalismo da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em 2023.